Repórter
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 08h13.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2024 às 08h18.
A demanda por liderança em inteligência artificial (IA) marca uma nova era corporativa, com um aumento significativo de executivos especializados, refletindo a importância estratégica da IA. Destaques da semana incluem a atualização Gemini do Google Bard, que promete interações mais naturais, e discussões nos EUA sobre legislação contra deepfakes, após polêmica envolvendo imagens de Taylor Swift. No cenário financeiro, a preocupação com o alto custo do desenvolvimento da IA afeta investidores, apesar do crescimento nas receitas das divisões de nuvem de gigantes como Microsoft e Alphabet. A Meta avança com o modelo de IA Code Llama 70B, que promete maior eficiência e precisão para desenvolvedores.
Confira o que foi notícia esta semana:
A demanda por executivos especializados em IA, como Chief Artificial Intelligence Officers (CAIO), está em alta, refletindo o crescente interesse e investimento das organizações nessa tecnologia. Instituições variadas, incluindo empresas, hospitais, e agências governamentais, estão nomeando esses executivos para impulsionar inovações e garantir o uso ético da IA. Um dado que confirma a ascensão desse tipo de executivo é o aumento significativo no número de pessoas com o título de "chief or vice president of A.I." listados nio Glassdoor, forúm de dados corporativos. Em 2022, havia 19 pessoas com esses títulos, e esse número subiu para 122 em 2023, indicando um crescimento robusto no interesse e na adição de cargos executivos focados em inteligência artificial nas organizações.
O Google atualizou seu chatbot Bard para o modelo de IA Gemini Pro, expandindo seu alcance para mais de 230 países e mais de 40 idiomas, incluindo português. Gemini Pro, lançado em dezembro de 2023, ficou conhecido pela versatilidade e gratuidade. Junto da expansão de idiomas, o Bard também introduziu a capacidade de gerar imagens usando o modelo Imagen 2, prometendo alta qualidade e segurança com marcas d'água invisíveis para identificação. Além disso, o Google aprimorou suas ferramentas experimentais de IA, incluindo ImageFX, MusicFX, e TextFX, embora o AI Test Kitchen, que as hospeda, não esteja disponível no Brasil.
A circulação de imagens deepfake pornográficas de Taylor Swift gerou indignação e apelos por legislação nos Estados Unidos. Políticos americanos, como o congressista Joe Morelle, estão defendendo a criminalização da prática, destacando a necessidade de leis federais contra deepfakes, dada a sua capacidade de causar danos emocionais e reputacionais, especialmente entre as mulheres.
Microsoft e Alphabet relataram, em balanço divulgado na quinta-feira, 2, aumentos nas receitas de suas divisões de nuvem, impulsionados pela demanda por IA generativa. Apesar de superarem expectativas, os altos custos de desenvolvimento preocupam investidores. O investimento em tecnologia elevou os gastos de capital, com a Alphabet registrando aumento de 45% e a Microsoft, 69%. Na mesma quita, as ações caíram, refletindo cautela sobre o retorno dos investimentos em IA. Os próximos meses devem ser de observação sobre como essas empresas equilibrarão custos e crescimento sustentável.
A Meta atualizou o modelo de IA Code Llama 70B, e atingiu um desempenho 53% maior. A modelo de IA open soucer, disponível desde agosto, é gratuita para fins de pesquisa e uso comercial. O Code Llama 70B supera as versões anteriores em capacidade de processar consultas, permitindo aos desenvolvedores usar mais prompts e alcançar maior precisão. Construído a partir do Llama 2, também gratuito, o Code Llama 70B facilita a criação e correção de códigos. A Meta também lançou variações focadas em Python e assistência de codificação, com os modelos 34B e 70B oferecendo os melhores resultados. Disponível em três versões, o Code Llama 70B promete ser um recurso valioso para programadores.