O robô já estava auxiliando a polícia em investigações em cenas de crime (Patricia de Melo Moreira/Getty Images)
Os notáveis avanços da robótica e da inteligência artificial levaram muitas pessoas a imaginar que logo eles começariam a conviver com seres de carne e osso em atividades que não fossem meramente industriais. Esse dia chegou, mas ele não parece mais tão promissor.
Na semana passada, após causar polêmica entre residentes e políticos de Nova York, o Departamento de Polícia da cidade decidiu por não implantar o cão-robô Spot no patrulhamento local. O aluguel do dispositivo inventado pela Boston Dynamics foi cancelado e o droide foi devolvido ao fabricante.
A força policial planejava testar o Spot (que apelidou de Digidog) até o término do contrato de locação em agosto. Críticos da ideia apontavam que o robô poderia violar a privacidade dos novaiorquinos. Bill Neidhardt, porta-voz do prefeito Bill de Blasio, disse ao jornal NY Times que estava “feliz que o Digidog foi cancelado”, acrescentando que a máquina é “assustadora e envia uma mensagem errada aos nova-iorquinos”.
Antes de cancelar o acordo em 22 de abril, o NYPD planejava gastar 94 mil dólares com o aluguel. No entanto, a bagatela seria suficiente para comprar o robô que hoje custa 74 mil dólares no varejo.