Computador quântico da IBM: para empresa, analisar dados históricos para entender o futuro e desenvolver novos tipos de materiais será essencial para a inovação nos próximos 5 anos (Misha Friedman/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 21 de outubro de 2020 às 08h00.
Se há um consenso sobre 2020 é que ele frustrou expectativas e previsões. Saber o que será do mundo daqui para frente, inclusive, ficou uma tarefa um pouco mais árdua, mas não impediu que os pesquisadores e cientistas da gigante de computação IBM tentassem.
A empresa traça, todos os anos, quais serão as 5 inovações que veremos nos próximos 5 anos. A escolha sempre tem alguma relação, de alguma maneira, com a realidade em que são analisadas. E em 2020 não foi diferente: elas levam em consideração a pandemia de coronavírus, a economia da análise de dados, e até a necessidade de pensar negócios e relações mais sustentáveis ambientalmente.
A IBM prevê inovações na química, que facilitarão a captura de carbono da atmosfera e a fixação de nitrato no solo. Novas baterias, mais eficientes, renováveis e pró-meio ambiente devem surgir, assim como novos microprocessadores. Finalmente, novas medicações devem surgir — bem como novos usos para remédios já desenvolvidos e testados —, baseados nos dados de saúde que coletamos nos últimos anos e também este ano.
Confira no detalhe algumas das previsões da empresa:
Vale notar que a maioria das previsões da IBM gira em torno de tópicos caros à humanidade atualmente, como a busca pelo desenvolvimento sustentável, a análise de dados e a busca por tratamentos de doenças.
Embora a empresa não desenvolva diretamente os materiais ou as pesquisas que afirma que serão responsáveis pelas inovações dos próximos anos, a IBM acredita que tem como ajudar nesse sentido fornecendo capacidade de processamento, inteligência artificial e computadores quânticos.
“A IBM não é uma empresa de saúde, nem tem os dados dos clientes. Mas temos uma divisão de pesquisa com 3 mil profissionais em diversas áreas. Consegumos fornecer modelos computacionais e arcabouço, seja em infraestrutura em nuvem, seja em computação quântica”, diz Ana Paula Appel, pesquisadora e cientista de dados na IBM no Brasil.