(mrPliskin/iStockphoto)
Faculdade EXAME
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 20h34.
No Brasil, estamos muito habituados medir o conhecimento das pessoas sobre o inglês por meio de uma frase: “Fulano fala inglês”, sem entender ao certo se a pessoa é iniciante, domina o básico ou se possui fluência no idioma.
O que ainda pouco é difundido em larga escala no país é que para processos seletivos no exterior, sejam eles educacionais ou de emprego, essa métrica subjetiva dá lugar a um parâmetro internacional medido pelo Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR).
Ele descreve de maneira objetiva o que cada indivíduo deve ser capaz de realizar, de acordo com o grau de conhecimento, e confere condições de igualdade para os indivíduos. Segundo o CEFR, existem seis níveis diferentes de domínio do inglês: A1, A2, B1, B2, C1 e C2.
O “A” refere-se aos níveis iniciais e básicos do idioma e significa que quem o domina consegue compreender e usar expressões familiares e cotidianas que satisfazem suas necessidades básicas.
Aqui estão categorizados os alunos recentes, que são capazes de se comunicar em tarefas simples e rotinas que exigem apenas uma troca rápida e fácil de informações.
Já o “B” classifica um usuário com um pouco mais de conhecimento e entendimento da língua.
O B1 é o nível intermediário, no qual a pessoa compreende as questões principais de assuntos que lhe são familiares e consegue reproduzir discursos simples e coerentes sobre os temas que conhece.
E, a partir do B2, já vemos indivíduos mais independentes quanto ao uso do idioma, já que deve compreender desde ideias principais de textos mais complexos sobre tópicos concretos e abstratos, até discussões técnicas sobre sua área de especialidade.
Além disso, a partir daí ele começa a conseguir se comunicar com espontaneidade com falantes nativos sem que haja uma tensão durante o diálogo.
Por fim, o “C” é o nível mais alto que se pode chegar. Ele simboliza o usuário proficiente e é o nível solicitado na maioria das vezes para quem pretende estudar ou trabalhar fora.
O C1 significa a habilidade de compreender um vasto número de textos longos e exigentes e se comunicar de forma fluente e espontânea sem precisar pensar muito nas palavras, conseguindo usar a língua de modo eficaz em quase todas as suas áreas de convivência.
E o C2 é o nível de domínio pleno de inglês, em que o aluno compreende sem esforço algum praticamente tudo o que ouve ou lê e consegue também se comunicar espontaneamente e de modo fluente com exatidão.
Para saber em que nível cada um está é necessário passar por um teste de proficiência internacional de inglês, que avaliam diretamente os conhecimentos na língua inglesa.
Existem diferentes modelos de certificação, mas algo em comum é que todas as habilidades (falar, escutar, ler e escrever) são testadas para compor o panorama de conhecimento de cada pessoa.
E o bacana dessa história é que, mais do que conhecer em qual nível você está, os resultados gerados por meio da avaliação apontam o seu desempenho em cada uma.