Não há como evitar o conflito, as decisões difíceis e, muitas vezes, a priorização do todo, mas as individualidades podem - e devem - ser tratadas e respeitadas dentro de uma agenda especial de gestão. (Klaus Vedfelt/Getty Images)
Faculdade EXAME
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 20h25.
Em tempos de constante movimento dentro dos negócios, é natural que haja uma demanda por novos perfis de profissionais em posição de liderança.
Antes dos anos 2000, estudiosos definiam a liderança como a condução de um grupo de pessoas para alcançar os objetivos das organizações. Neste modelo de administração clássica, o foco de atenção do líder era as necessidades da empresa e não as dos colaboradores.
Atualmente, o papel desse profissional vai muito além de controlar a execução e entrega das atividades. Junto disso, o líder também precisa encorajar, inspirar e desenvolver sua equipe, rompendo o ciclo de liderança tradicional e mergulhando em novos modelos compatíveis com o que o mercado e seus novos tripulantes buscam.
A evolução da liderança, impulsionada pelo cenário de constante mudança, torna-se ainda mais evidente com a chegada da geração Z ao mercado de trabalho.
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A genZ chega ao mercado de trabalho atendendo aos requisitos cada vez mais desejados pelas empresas: profissionais dinâmicos e preparados para os desafios de um mundo cada vez mais digital. No entanto, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência de 2020, essa geração troca de emprego, em média, a cada três meses.
Essa realidade não se deve à falta de preocupação com o futuro, mas sim às suas aspirações. Diferente das gerações passadas, para eles cargos de liderança não são sinônimos de sucesso. Os jovens entre 21 e 31 anos buscam propósito e flexibilidade.
Uma pesquisa americana mostra que 74% dos líderes acreditam que trabalhar com a GenZ é mais desafiador e têm os Millennials como seus parceiros de trabalho preferidos. Com base nessas informações, pode-se presumir que:
Certamente, podem existir ainda outros fatores que geram esse choque entre as gerações. Porém, existe a possibilidade de amenizar essas diferenças e revolucionar a maneira de trabalhar: substituindo a mentalidade de comando pelo estímulo ao trabalho em equipe, com uma distribuição equilibrada de responsabilidades e funções.
É neste cenário de transformação que novos tipos de liderança surgem e se estabelecem, valorizando a criatividade, comunicação assertiva e equilíbrio emocional, características que, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, são indispensáveis para potencializar os resultados dentro das organizações.
A Teoria dos Traços — de que líderes já nascem com as características necessárias para ocupar essa posição — foi perdendo a força ao longo dos anos devido à evolução do mercado.
Uma vez que a habilidade de liderança pode ser adquirida por meio de hábitos e treinamento, entende-se que o que define um verdadeiro líder é o seu comportamento diante do mundo e das pessoas.
Para quem está disposto a reinventar o perfil de liderança, separamos os 6 principais tipos de líderes. Conheça cada um deles, descubra com quais se identifica e aplique as melhores práticas com a sua equipe.
Liderança democrática: é pautada em valores como colaboração, respeito, inclusão, facilitação e participação. Nesse modelo de liderança, o líder não tem poder sem a contribuição e o consentimento do grupo, uma vez que o seu papel é estimular os liderados a participarem das tomadas de decisões.
Liderança liberal: com ela, os liderados têm total autonomia para executar suas tarefas, sem a interferência ou influência do gestor. Nesse modelo, quem está no comando parte do princípio de que sua equipe já tem um nível de maturidade mais avançado, e seu trabalho passa a ser de facilitador.
Liderança motivadora: aqui, o objetivo principal do líder é manter sua equipe motivada e engajada, buscando a redução de falhas e o aumento da produtividade por meio da motivação.
Liderança paternalista: considerado como o modelo preferido dos brasileiros, nele o líder procura construir um ambiente seguro para o time, acreditando apenas com um ambiente saudável e harmonioso é possível alcançar resultados de excelência.
Liderança técnica: os liderados são guiados pelos conhecimentos técnicos do líder. Além de dominar todas as tarefas que cada membro do time executa, também é capaz de identificar e potencializar as habilidades dos seus liderados, devido ao seu olhar experiente e observador.
Liderança carismática: inspiração, empatia e confiança são as palavras-chave para esse estilo de gestão, onde o papel do líder é equilibrar os objetivos da empresa e os dos funcionários.
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