A inteligência emocional está entre as 10 habilidades mais procuradas em funcionários (haryigit/Thinkstock)
Redator da Faculdade Exame
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 20h03.
Última atualização em 13 de setembro de 2024 às 15h40.
Por séculos, nada era mais importante no mercado de trabalho do que as habilidades técnicas. O funcionário do mês sempre era aquele que entregava mais ou que melhor entendia sobre os processos da empresa. Não mais.
Segundo estudos da McKinsey e Harvard Business Review, a demanda por funcionários com alta inteligência emocional vai aumentar em 26% até 2030. Já nos dias de hoje, 71% dos empregadores valorizam mais a inteligência emocional do que habilidades técnicas.
Desenvolvido pelo psicólogo Daniel Goleman, o conceito de inteligência emocional tem cinco pilares: autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais. Quando aplicadas de forma eficaz, essas competências facilitam a administração de conflitos, além de inspirar confiança e motivação para colegas de trabalho. É a habilidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, além de lidar de forma eficaz com as emoções dos outros.
Não à toa, 75% dos gestores já procuram essa habilidade em seus funcionários na hora de oferecer aumentos e promoções, segundo a TalentSmartEQ, líder mundial em desenvolvimento de habilidades de inteligência emocional.
Em um cenário em que as mudanças são rápidas e os desafios complexos, ter uma equipe coesa e comprometida é fundamental. A liderança baseada na inteligência emocional desempenha um papel central ao criar um ambiente de trabalho positivo. Líderes emocionalmente inteligentes tendem a ser mais acessíveis e receptivos, o que facilita a comunicação aberta e o feedback construtivo, ferramentas muito poderosas para navegar em tempos de crise. Como resultado, equipes que adotam essa prática observam aumento de até quatro vezes na retenção de talentos, de acordo com um relatório da Gallup.
A inteligência emocional está entre as 10 habilidades mais procuradas em funcionários, mas, só 22% dos líderes têm essa competência. Como consequência, as empresas ainda não aprenderam a surfar essa onda. A Harvard Business Review, ainda, descobriu que apenas um quinto das empresas se classificam como inteligentes emocionalmente – e há interesse em mudar.
Nos Estados Unidos, funcionários com alto quociente emocional são promovidos com muito mais frequência e recebem até US$ 29 mil a mais do que pessoas que têm apenas habilidades técnicas. A demanda é alta e a oferta é baixa.
Alguns já nascem com o dom da inteligência emocional, mas, é possível aprender e desenvolver essa habilidade. Goleman dá algumas dicas que você pode incorporar no seu cotidiano desde já, tais como:
Com o tempo, é provável que sua performance aumente. Segundo estudos da Workforce, há uma correlação direta entre desempenho e inteligência emocional: 58% de todo o desempenho em qualquer tipo de trabalho vem dessa habilidade, enquanto 90% dos funcionários com maior performance tem um alto índice de inteligência emocional