Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 22 de maio de 2025 às 09h11.
Última atualização em 22 de maio de 2025 às 10h01.
O sindicato dos Metroviários de São Paulo se reuniu na noite de quarta-feira, 21, para discutir a proposta salarial apresentada pelo Metrô e avaliar uma possível greve na próxima terça-feira, 27 de maio.
Na assembleia, a diretoria do sindicato orientou a categoria a aceitar a proposta. Como houve divergências, abriu-se uma votação que dura 24 horas. O resultado deverá ser anunciado a partir das 20h desta quinta-feira, 22.
Caso a proposta seja recusada, um indicativo de paralisação será aprovado. Uma nova assembleia ocorrerá na segunda-feira, 26, para concretizar ou não a greve da próxima terça-feira.
Segundo o sindicato, o Metrô apresentou proposta para renovar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por dois anos, enquanto o sindicato reivindicava quatro anos de vigência.
O reajuste salarial oferecido é de 5,01%, dividido em 4% para 2024 e 1% para 2026, válido também para benefícios como vale-transporte e vale-refeição.
O acordo inclui um abono salarial anual de R$ 2,5 mil, a ser pago em 30 de junho de 2025 e em igual valor em 2026, que já está sendo quitado em duas parcelas. Além disso, prevê o pagamento da chamada STEP, uma bonificação destinada a 33 funcionários que não receberam o benefício anteriormente.
Apesar da sinalização positiva da diretoria, parte dos trabalhadores defende aumento real de 8%. Também colocaram em pauta protestos contra a terceirização da manutenção, que envolve cerca de 1,1 mil trabalhadores, e contra os projetos de concessão das linhas 1, 2 e 3 do Metrô, do governo Tarcísio de Freitas.
Em março deste ano, um dos sindicatos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ameaçou realizar uma greve contra o leilão de concessão das linhas 11, 12 e 13. A paralisação foi cancelada após reunião dos trabalhadores na Justiça do Trabalho.
Em maio do ano passado, o sindicato ameaçou realizar uma paralisação após receber uma carta do Metrô com apenas parte das reivindicações dos servidores atendidas. Uma reunião de conciliação na Justiça do Trabalho sacramentou a retomada das negociações.
Na época, o Metrô realizou um aumento 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe), apontado como insuficiente pelos trabalhadores. O sindicato afirma que tem buscado diálogo com o Metrô e com o governo Tarcísio de Freitas.