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Vacinação contra a covid-19 continua no Brasil

Depois de atrasos para a abertura das campanhas estaduais, governadores devem acelerar o ritmo de vacinação nesta terça-feira

Vacinação contra covid-19 (Ricardo Wolffenbüttel/ SECOM/Divulgação)

Vacinação contra covid-19 (Ricardo Wolffenbüttel/ SECOM/Divulgação)

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Fabiane Stefano

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 19 de janeiro de 2021 às 11h35.

Avança nesta terça-feira (19) nos estados a campanha de vacinação contra a covid-19. Nove unidades da federação, entre elas Bahia, Pará, Alagoas, Sergipe e Paraíba, inauguram as campanhas estaduais de imunização na manhã desta terça-feira. A maioria dos estados já deu o início à vacinação, mesmo que de maneira simbólica.

O atraso no recebimento das doses da Coronavac, previstas para serem entregues pelo Ministério da Saúde ao longo da tarde de segunda, alterou os planos do governadores.

A corrida pela primeira dose aplicada - e a foto comque comprove que a vacina foi administrada no braço de um cidadão local - movimentou os estados na noite de segunda-feira. A cerimônia em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por pouco não ficou para o dia seguinte: às 23h45, o governador Eduardo Leite (PSDB) deu início da imunização no estado, onde foram vacinadas cinco pessoas no Hospital das Clínicas.

Boa parte dos estados fez cerimônias simbólicas, com a imunização de algumas pessoas. A integralidade da primeira do cota do imunizante, que soma 4,6 milhões de doses, deve ser entregue ao longo dos dias.

 

Atrasos e confusão

Depois de Estados registrarem atrasos no recebimento das vacinas contra a covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu entraves de logística para a distribuição dos imunizantes, que foi antecipada para a segunda-feira, a pedido de governadores, segundo ele. Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o chefe da Saúde também afirmou que não há risco de falta de doses para a etapa inicial da vacinação nas próximas semanas.

De manhã, Pazuello anunciou que a vacinação teria início já na segunda-feira a partir das 17h. Antes, o início da campanha estava previsto para quarta-feira, 20. O evento do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), realizado no domingo, 17, com os primeiros brasileiros recebendo a vacina no País pressionou, contudo, Pazuello a antecipar a vacinação.

"Os governadores em comum acordo me solicitaram que eu acelerasse ao máximo a distribuição para que eles pudessem começar imediatamente ainda hoje", disse. A mudança na data impactou nos planos de voos, de acordo com o ministro. "Aquilo que era planejado até hoje às 8h da manhã para acontecer durante o dia está sendo encurtado para poder atender o pedido dos governadores", justificou.

O novo prazo foi anunciado em ato simbólico de distribuição dos imunizantes com a presença de governadores no Guarujá (SP). Após o evento, entretanto, secretários de saúde já foram alertados sobre possíveis atrasos. Nomeado para a vaga na Saúde justamente pela sua experiência em logística, Pazuello tem sido criticado por falhas nesse quesito.

Pazuello foi questionado sobre o plano do governo de realizar um evento no Planalto para marcar o início da campanha de vacinação, mas não respondeu e encerrou a coletiva. A ideia do governo era assumir o protagonismo na promoção da vacina no lugar de João Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro.

A cerimônia de vacinação da primeira pessoa no país promovida no domingo por Doria logo após a aprovação do uso emergencial da Coronovac frustrou os esforços do governo, que marcaram para segunda-feira o ato com os demais governadores, vista como uma manifestação em defesa de Pazuello.

Veja também: Vacinas: como funcionam e são feitas? | EXAMINANDO

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