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Trump anuncia que se reunirá com Putin em 15 de agosto no Alasca

Encontro é parte dos esforços de Trump para acabar com a ofensiva militar russa na Ucrânia

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 19h24.

Última atualização em 8 de agosto de 2025 às 19h33.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira que, no próximo dia 15 de agosto, se reunirá com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca.

“A tão esperada reunião entre minha pessoa e o presidente Vladimir Putin, da Rússia, ocorrerá na próxima sexta-feira no grande estado do Alasca”, disse Trump em sua conta oficial do Truth Social.

A reunião será para discutir o possível fim do conflito com a Ucrânia e uma troca territorial que foi qualificada como uma medida polêmica.

Contexto da guerra

A reunião de cúpula seria a primeira entre os presidentes em exercício dos Estados Unidos e da Rússia desde que Joe Biden se encontrou com Putin em Genebra em junho de 2021.

O encontro é parte dos esforços de Trump para acabar com a ofensiva militar russa na Ucrânia.

As três rodadas de conversações diretas entre Moscou e Kiev organizadas até o momento não conseguiram avanços para um cessar-fogo e as partes parecem estar muito distantes do fim do conflito, que começou há mais de três anos.

Trump disse na quarta-feira que provavelmente se reuniria presencialmente com Putin "muito em breve".

"Por sugestão da parte americana, alcançamos um acordo de princípio para organizar uma reunião bilateral nos próximos dias", declarou o conselheiro diplomático do presidente russo, Yuri Ushakov, citado pelas agências estatais russas.

"Estamos começando a trabalhar nos detalhes ao lado de nossos colegas americanos", acrescentou Ushakov. "Estabelecemos como meta a próxima semana", disse.

O Kremlin destacou que há um acordo "de princípio" sobre o local da reunião, mas não revelou onde.

Dezenas de milhares de pessoas morreram desde que a Rússia iniciou a ofensiva militar contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Os bombardeios russos forçaram milhões de pessoas a fugir de suas casas e destruíram grandes áreas do leste e sul da Ucrânia.

Putin rejeitou até o momento os apelos reiterados dos Estados Unidos, da Europa e de Kiev por um cessar-fogo.

Zelensky pede reunião

Durante as conversações diretas em Istambul (Turquia), os negociadores russos exigiram as regiões ucranianas parcialmente ocupadas e que Kiev desista do projeto de adesão à Otan, exigências inaceitáveis para a Ucrânia.

A Rússia também questiona a legitimidade do presidente ucraniano Volodimir Zelensky e descarta uma reunião entre os dois chefes de Estado de um acordo de paz.

O anúncio do encontro acontece um dia após a reunião do enviado americano Steve Witkoff com Putin em Moscou.

Witkoff propôs uma reunião trilateral que também incluiria o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, mas a Rússia não respondeu à proposta, disse Ushakov.

"A parte russa deixou completamente sem comentário esta opção", indicou.

Zelensky reiterou nesta quinta-feira o pedido de uma reunião com Putin, que considera a única via para avançar em direção à paz.

"Na Ucrânia, afirmamos em várias ocasiões que encontrar soluções reais pode ser verdadeiramente eficaz a nível de líderes. É necessário determinar o momento para este formato e o leque de questões a abordar", escreveu Zelensky nas redes sociais.

O ucraniano anunciou que terá "várias" conversas ao longo do dia, incluindo uma com o chefe do Governo alemão Friedrich Merz, assim como com autoridades francesas e italianas.

"Também haverá comunicação entre assessores de Segurança Nacional", acrescentou Zelensky. "O principal é que a Rússia, que iniciou esta guerra, dê passos reais para acabar com a agressão", afirmou.

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