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Trump acusa Powell e Fed de asfixiar mercado imobiliário e exige corte das taxas de juros

Críticas do republicano ao presidente do Fed foram feitas em uma publicação na rede social Truth Social

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de julho de 2025 às 16h14.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou nesta sexta-feira a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, banco central) e o presidente da entidade, Jerome Powell, a quem acusou de impedir o progresso do setor imobiliário no país, ao mesmo tempo em que voltou a exigir a redução das taxas de juros.

"(Powell e Fed) estão sufocando o mercado imobiliário com suas altas taxas, tornando difícil para as pessoas, especialmente os jovens, comprar uma casa. É realmente uma das piores nomeações que já fiz", escreveu Trump na plataforma Truth Social, referindo-se ao chefe do banco central pelo apelido "Tardy" em vez de seu nome.

O republicano indicou que "o Conselho do Fed não fez nada para impedir que esse 'Klutz' (desastrado) prejudicasse tantas pessoas. De muitas maneiras, a diretoria é igualmente responsável", insistiu sobre Powell, que ele nomeou para o cargo em 2017, durante seu primeiro mandato na Casa Branca.

"Os Estados Unidos estão em expansão, há INFLAÇÃO MUITO BAIXA e merecemos ter taxas de 1%, o que economizaria US$ 1 trilhão por ano em juros. Não tenho palavras para descrever a falta de inteligência, o desserviço que ele está prestando ao nosso país", concluiu o presidente.

Trump intensificou seus ataques a Powell em mensagens quase diárias nas quais exige um corte nas taxas, alegando que a economia dos EUA está indo "melhor do que nunca" sob sua liderança.

Diante de tudo isso, Powell insiste na independência de sua agência, que, diante de um mercado de trabalho forte e de uma economia sólida, optou por manter-se cautelosa antes de reduzir as taxas, que estão na faixa de 4,25 a 4,5% desde o corte de dezembro de 2024.

Mais recentemente, a Casa Branca pediu detalhes sobre os custos excedentes da reforma do prédio do Fed em Washington e os supostos "luxos" incluídos no orçamento.

Enquanto isso, Powell enfatizou que o trabalho está de acordo com o que foi aprovado e não inclui os excessos pelos quais ele está sendo criticado pelos republicanos.

Trump disse nesta semana que considera "improvável" uma demissão iminente de Powell, que termina seu mandato em maio de 2026, a menos que ele se envolva em um escândalo de fraude.

"Há muitas pessoas que querem esse cargo. Eu conheço pessoas de muito tempo atrás. Elas me ligam pedindo o cargo", disse o presidente na quarta-feira, ao mesmo tempo em que se recusava a confirmar se tinha alguém específico em mente.

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