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Editor do Future of Money
Publicado em 20 de junho de 2025 às 11h45.
A ByteDance, empresa dona do TikTok, negou nesta sexta-feira, 20, uma acusação de que teria investido US$ 300 milhões na criptomoeda meme do presidente Donald Trump para evitar uma proibição de operações nos Estados Unidos. A acusação foi feita por um deputado da oposição.
O democrata Brad Sherman fez uma publicação no X, antigo Twitter, em que criticou a decisão do presidente Trump em postergar novamente a proibição das operações do TikTok nos Estados Unidos. O político estendeu por mais 90 dias, até 17 de setembro, a entrada em vigor da lei com a proibição.
Segundo Sherman, a lei permitiria apenas uma extensão de 90 dias que já havia sido dada por Trump pouco depois da sua posse, em janeiro. O deputado afirmou que a decisão de Trump envolveria um anúncio dos donos do TikTok sobre o investimento na criptomoeda meme.
"Trump cria as suas moedas sem custo algum, o que significa que esses são US$ 300 milhões em propina que irão diretamente para o bolso dele", acusou o deputado. A afirmação é imprecisa, já que o presidente ganha apenas parte dos lucros com a operação por ter licenciado sua imagem para o projeto.
Além disso, o TikTok respondeu à publicação de Sherman negando o "anúncio": "Deputado, alegar que os donos do TikTok estão comprando as criptomoedas de Trump é claramente falso e irresponsável e nem sequer reflete com precisão uma carta que você assinou no mês passado".
A carta citada pela plataforma foi enviada por Sherman e outros deputados democratas a Donald Trump. O documento buscava mais informações sobre as ligações de Trump com o TikTok e outras empresas chinesas, mas não faz nenhuma menção à compra das criptomoedas.
Não há nenhum anúncio público da ByteDance sobre o investimento na memecoin do presidente. Em maio, porém, uma empresa chamada GD Culture Group anunciou um investimento de US$ 300 milhões no ativo digital e no bitcoin. A empresa tem uma filial na China, mas não é ligada à ByteDance.
A acusação do deputado também ocorre em meio a críticas crescentes sobre a proximidade de Trump com o mundo das criptomoedas, com temores sobre possíveis conflitos de interesse e influências corporativas nas decisões do presidente e nas políticas do governo.
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