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Agência de notícias
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 13h29.
Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 14h29.
Uma das medidas discutidas no pacote de gastos do governo Lula é a mudança na regra de reajuste do salário mínimo. Além de ser referência para o emprego no setor privado, o salário mínimo serve de base para grande parte das despesas obrigatórias, como aposentadorias e benefícios. Por isso, uma mudança nas regras de salário mínimo acabam impactando as contas públicas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou no ano passado a regra que atualiza o valor do salário mínimo pela inflação do ano anterior e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. É o que garante ganho real para o piso nacional.
Para a definição do mínimo em 2025, o percentual do PIB considerado seria de 2,9%, crescimento do ano de 2023.
Se a regra atual for mantida, o salário mínimo deve chegar a R$ 1.521 em 2025. A previsão considera a nova estimativa do governo federal para o INPC, índice inflacionário usado para atualizar o piso nacional. Atualmente, o mínimo é de R$ 1.412.
A medida discutida no governo altera a regra atual. A ideia é estabelecer um teto para reajuste o percentual de 2,5%.
Esse é o mesmo percentual limite de crescimento das despesas totais do governo, com base na regra do arcabouço fiscal, que prevê que as despesas acima da inflação sobem num intervalo entre 0,6% e 2,5% a depender do comportamento das receitas.
O objetivo é diluir o impacto da valorização do mínimo nas contas públicas. Cada R$ 1 de crescimento do salário mínimo faz as despesas crescerem algo próximoa a R$ 450 milhões.