Agência de notícias
Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 09h11.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2025 às 09h11.
Às vésperas do terceiro aniversário da guerra, a Rússia realizou, neste domingo (23), o maior bombardeio de drones contra a Ucrânia desde o início do conflito.
Ao todo, as tropas russas dispararam 267 aeronaves do modelo Shahed, segundo informações do jornal britânico The Sun. O ataque aéreo atingiu diversas cidades e deixou um rastro de destruição, além de vítimas civis.
O governo ucraniano afirma ter abatido 138 drones. Outros 119 desapareceram do radar, o que pode indicar que foram bloqueados ou neutralizados por guerra eletrônica.
De acordo com o The Sun, três drones voaram de volta para a Rússia e um para a Bielorrússia, o que sugere que a Ucrânia conseguiu hackear as armas e redirecioná-las contra seus próprios lançadores. Ainda assim, pelo menos sete drones teriam conseguido atingir seus alvos.
Além dos ataques com drones, a Rússia também lançou três mísseis balísticos a partir da Crimeia.
Apesar da defesa ucraniana ter derrubado boa parte dos drones, os serviços de emergência relataram danos generalizados em diversas regiões.
Em Kherson, no sul do país, um homem e uma mãe de gêmeos morreram após um drone atingir um prédio residencial.
Em Kryvyi Rih, um civil morreu e pelo menos três ficaram feridos. Já em Zaporizhzhia, uma mulher de 53 anos foi hospitalizada após um ataque.
Na capital Kiev, o ataque russo causou incêndios e destruição. Segundo o prefeito Vitali Klitschko, casas e carros foram danificados pelos drones.
Pelo menos 13 regiões da Ucrânia foram atingidas, incluindo Kharkiv, Poltava, Sumy, Mykolayiv e Odesa. Com isso, o ataque superou o recorde anterior de 193 drones, ocorrido em dezembro.
A expectativa é que o presidente Volodymyr Zelensky faça um pronunciamento em entrevista coletiva ainda neste domingo.
Ataque marca uma escalada significativa na ofensiva russa, intensificando a pressão sobre a defesa ucraniana.