Eleição dos presidentes da Câmara e do Senado define a agenda política dos próximos anos no Brasil (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 19h40.
Deputados e senadores vão eleger novos presidentes da Câmara e do Senado neste sábado. O cenário já está praticamente definido, e Hugo Motta (Republicanos-PB) deve presidir os deputados, enquanto Davi Alcolumbre (União-AP), os senadores. São eles quem vão definir o que todos os outros parlamentares vão votar até o final de 2026.
A votação no Senado terá início às 11h. Já na Câmara, o processo será iniciado às 16h. No mesmo dia, serão eleitos demais cargos das Mesas Diretoras. Altineu Cortes (PL-RJ) deve ser o vice-presidente da Câmara e Eduardo Gomes (PL-TO) deve ocupar a vice-presidência no Senado.
Entre os projetos de destaque que devem tramitar ao longo de 2025, está a Reforma do Imposto de Renda, que poderá isentar quem ganha até R$ 5 mil e aumentar a contribuição para os mais ricos.
Outra proposta que pode avançar é a que define regras trabalhistas para os motoristas de aplicativos, como Uber e 99. O governo e parte dos parlamentares também querem discutir uma proposta que regula a atuação das empresas de redes sociais, como Facebook, Google e X.
Também são os presidentes da Câmara e do Senado que, em negociação com os partidos, vão definir quem vai chefiar as comissões. Elas são importantes porque debatem os projetos antes de chegar à votação em plenário, e alguns têm a votação final na própria comissão. O projeto que proíbe o celular nas escolas, por exemplo, passou por várias mudanças na Comissão de Educação da Câmara.
Outro ponto fundamental do trabalho dos presidentes da Câmara e do Senado é a relação com o governo. Quando existe uma proximidade, fica mais fácil para o Poder Executivo aprovar os projetos. Mas, se a relação é distante, a vida do governo fica complicada, como aconteceu no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.