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Número de bancos investindo em ETF de bitcoin é surpreendente, diz CEO da BlackRock no Brasil

Maior gestora de ativos do mundo, BlackRock é responsável pelo IBIT, ETF de maior crescimento da história, com US$ 60 bilhões em bitcoin

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REUTERS/Brendan McDermid/File Photo (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 26 de junho de 2025 às 15h46.

Última atualização em 26 de junho de 2025 às 17h52.

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Lançado em 2008 como um protesto às finanças tradicionais, o bitcoin ganhou outro rumo mais de uma década depois, criando uma nova classe de ativos que já é oferecida por grandes players do mercado financeiro.

A BlackRock maior gestora de ativos do mundo, também é a responsável pelo IBIT, maior ETF de bitcoin à vista do mundo. Segundo Bruno Barino, CEO da BlackRock no Brasil, as criptomoedas já são uma realidade e não faz sentido ignorar a demanda por elas.

Em operação há pouco mais de um ano, o IBIT foi o ETF de maior crescimento da história, com US$ 60 bilhões em bitcoin sob gestão. A aprovação dos ETFs de bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) abriu as portas para uma demanda institucional que até então, o mercado financeiro não demonstrava.

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ETF de bitcoin na tesouraria de bancos

“Vocês iam ficar surpresos com o número de bitcoin que existe na tesouraria dos bancos”, revelou Bruno Barino, CEO da BlackRock no Brasil, em uma coletiva de imprensa.

“Uma coisa que eu sempre falo para as pessoas em investimento é que as pessoas estão comprando, só que você não está vendo. Muitos dos seus clientes que você acha que não estão comprando cripto, podem estar comprando de outra forma. Sempre é melhor entender o perfil de investimento deles e lidar com a realidade”, acrescentou.

No Brasil, a gestora oferece o IBIT por meio de um recibo de depósito brasileiro (BDR) sob o código IBIT39. E apesar do sucesso estrondoso do produto, ainda existem restrições que impedem uma adoção institucional generalizada.

“Todos estão comprando IBIT. Mas tem cliente que tem vedação de cripto ainda. Cliente institucional, que não pode. Tem alguns bancos que ainda não têm na plataforma deles cripto como um produto aprovado. Então, ainda existe uma jornada de evolução de cripto a ser feita. Mas eu acho que já é uma realidade. Vemos que a demanda existe, e não faz sentido nenhum ignorar isso”, disse Bruno Barino.

Visão da BlackRock sobre o bitcoin

"Nossa missão é auxiliar nossos clientes em sua jornada. Para isso, contamos com uma área de Consultoria de Negócios que se dedica a aplicar nossas vantagens competitivas e conhecimentos do mercado internacional em nosso contexto local. Regularmente, estabelecemos comparações entre o que oferecemos e as melhores práticas globais, visando adaptar nossos serviços e soluções”, esclareceu Bruno.

Durante a coletiva, o CEO brincou que já paga a mesada do filho, de 9 anos, em IBIT.

“Faço brincadeiras sobre cripto, mas o fato é que é a realidade. Fizemos uma análise e demonstramos que pela falta de correlação com o mercado tradicional, uma exposição de até 2% na carteira faz sentido. Quer dizer que estamos mandando todos os clientes comprarem? Não. Mas é uma constatação técnica do mercado”, acrescentou.

Comparação com outros ETFs de criptomoedas

Além do IBIT, oferecido através de BDRs, a bolsa brasileira também conta com outros ETFs de criptomoedas, como o HASH11, um dos maiores ETFs brasileiros de cripto na B3. Ele replica o Nasdaq Crypto Index, da Hashdex, e possui R$ 3,6 bilhões em valor patrimonial líquido.

A diferença de ETFs como o HASH11 para o IBIT está nas criptomoedas para as quais ambos oferecem exposição. Enquanto o IBIT oferece exposição ao bitcoin, o HASH11 replica um índice atualizado periodicamente com diversas criptomoedas além do bitcoin, como XRP, SOL, Litecoin e Uniswap.

“Entendemos que, diante do cenário competitivo, precisamos estar na vanguarda, buscando sempre inovar. Nossa prioridade é lançar novidades, mas acreditamos que para o investidor de varejo, este produto deve apresentar atributos diferenciados, sendo mais atrativo. Em contrapartida, ele possui um lado positivo, como o IBIT, por exemplo, que pode ser adquirido com facilidade. Ao comparar o IBIT com outros produtos semelhantes em termos de custo e retorno, ele se mostra mais eficiente. A comparação pode ser feita em qualquer plataforma, e seus resultados demonstram sua superioridade”, disse Bruno Barino.

“Muitas vezes, outros produtos incorporam diversas estratégias, por isso, prefiro me ater a algumas delas, evitando aquelas que não agregam valor. Considero crucial simplificar e focar nas necessidades do cliente, em vez de aumentar a complexidade. Ao comparar o IBIT com outros produtos que combinam sete ou oito ativos, a diferença é evidente”, acrescentou.

Novidades da BlackRock no Brasil

Além da abordagem ao mercado cripto, a BlackRock é responsável pelo maior fundo de gestão passiva do Brasil, o BOVA11, que oferece exposição ao índice Ibovespa. Nesse sentido, a gestora irá lançar no dia 30 de junho na B3 dois novos ETFs domésticos:

• EWBZ11: replica o índice Bovespa BR+ Equal Weight B3, que inclui os ativos do Ibovespa e BDRs de empresas brasileiras listadas no exterior, com ponderação igual entre os emissores. Isso proporciona maior equilíbrio entre as empresas da carteira e dilui o peso das companhias de maior valor de mercado.

• CAPE11: acompanha o índice Bovespa BR+ 5% Cap B3, que também reúne ações do Ibovespa e BDRs de companhias brasileiras listadas internacionalmente, mas com um limite máximo de 5% por emissor, permitindo maior concentração relativa. Além disso, reflete, ao mesmo tempo, uma diversificação eficiente entre os nomes mais líquidos do mercado.

Segundo a BlackRock, ambos ETFs iShares foram pensados para complementar a exposição já existente aos principais índices do Brasil, oferecendo aos investidores novas formas de acessar a B3 com mais controle e equilíbrio de risco.

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