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Nos alpes franceses, arroz com feijão é o prato principal no Club Med

Com brasileiros ocupando 80% dos resorts de esqui do Club Med, a rede se adapta para receber a nacionalidade com refeições brasileiras, como arroz e feijão, cerveja gelada e staff brasileiro

Club Med de Val d´Isère na França. (Club Med/Divulgação)

Club Med de Val d´Isère na França. (Club Med/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 17h10.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 18h41.

Após uma manhã esquiando pelos alpes franceses, imagine sentar-se no restaurante do Club Med de Val d´Isère com vista para a neve. Dentre as opções no cardápio, um menu de cinco pratos típicos franceses com harmonização de vinhos, assim como o tradicional arroz e feijão carioca, temperado com louro e uma cerveja geladíssima para acompanhar. É assim que os brasileiros são recepcionados nos alpes franceses, com resorts adaptados para a nacionalidade que chega a ocupar 80% dos quartos durante a temporada de inverno.

Além disso, para completar a recepção aos sul-americanos, não é preciso gastar o inglês ou francês, visto que brasileiros fazem parte do staff, dos serviços receptivos às aulas de esqui para as crianças.

“No mês de janeiro, o Brasil é a primeira clientela, mais que os franceses e ingleses”, comenta Henri Giscard D'Estaing, CEO global da rede Club Med. E são clientes essenciais para a estratégia local, visto que janeiro é um mês de baixa temporada para esquiar na Europa. “Não há férias escolares [na Europa], então, sem o mercado brasileiro, teríamos uma baixa taxa de ocupação nesse período”, completa o executivo. Mesmo com a pandemia, a última temporada de inverno esteve com as taxas de ocupação altas nos resorts da rede.

Porém, para Giscard, um dos impactos da pandemia sobre o setor hoteleiro foi a atração de novos talentos. Mas com o copo meio cheio, cita a clássica frase “quando há uma crise, criam-se oportunidades”.

Com isso, o conceito de “glocal”, ou seja, a troca de culturas e valores locais e globais, gerando um novo interesse se põe à prova. Para além dos resorts dos alpes, Giscard cita outras opções para famílias brasileiras como Punta Cana.

Além desta seleção, os clientes da rede terão 16 novos resorts para conhecer no mundo até 2023. Também estão previstas reformas em mais 12 hotéis. Mais do que um custo, o executivo comenta que as reformas são um investimento à rede. No Brasil, a reforma do resort de Trancoso, custou R$ 55 milhões em meio à crise mundial. “Mesmo com tudo foi fechado. Isso significa que estamos realmente confiantes e beneficiaremos a vontade das pessoas”, diz.

Henri Giscard D'Estaing, CEO Global da Club Med (Fabrizia Granatieri/Divulgação)

Dentre as novidades de esqui, o Club Med anuncia para dezembro deste ano o lançamento de mais dois resorts nos alpes franceses, o Club Med Val d´Isère, o primeiro resort de montanha inteiro sob o conceito Exclusive Collection, e o Club Med Tignes, ambos localizados na região da Sabóia, no Vale da Tarentaise, cada um com 150 km de pistas para esqui que se encontram, oferecendo 300 km de pistas de esqui.

Na América do Norte, as novas opções de destinos de esqui são o recém-inaugurado Quebec Charlevoix, o primeiro da rede no Canadá, e em Utah, nos Estados Unidos, a partir de 2024. Destino que recebe milhares de brasileiros anualmente, o resort americano tem grandes chances de se popularizar entre os brasileiros. “Simplesmente porque o esqui no Club Med tem o melhor custo-benefício e, para ser honesto, é o lugar para as famílias irem, porque tudo está incluído, temos assistência médica e as crianças aprendem a esquiar enquanto os pais podem aproveitar”, comenta.

A Ásia também é um forte mercado para a rede. Há algumas semanas foi inaugurado o terceiro resort de esqui na China, no nordeste do país, e para este ano, está prevista mais uma abertura. O Japão também foi incluído na lista, com a estância de esqui em Hokkaido. “O Japão tem a melhor qualidade e quantidade de neve do mundo, competindo com o oeste do Canadá”, aponta. A estratégia é atrair próximos como chineses e australianos que desejam esquiar mais próximo de casa.

Além disso, os destinos criam novos desejos de viagens. “Temos a estratégia de cobrir o principal destino de esqui e montanha e criar complementaridades. Quem pratica esqui e snowboard está sempre procurando experimentar algo novo”. Porém, se o arroz e feijão será servido nestes destinos, ainda é difícil de saber.

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