Linha de produção da Fiat em Betim, Minas Gerais: a montadora italiana é líder no mercado brasileiro há 12 anos, mas sua receita líquida em 2013 sofreu uma queda de quase 5% em relação ao ano anterior. (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2014 às 18h15.
São Paulo - Apesar de recorrer ao lay-off e a férias coletivas, a indústria automobilística demitiu neste ano 6,7 mil trabalhadores, a maioria por programas de demissão voluntária. O setor emprega hoje 150,3 mil pessoas. A maioria deles passou, neste ano, por períodos de dispensa, como férias coletivas e folgas, medidas que continuam sendo adotadas. A partir do dia 25, a Volkswagen dará férias a 4,5 mil trabalhadores da fábrica de Taubaté e a Fiat também vai suspender parte da produção em Betim (MG).
Quem está em lay-off mantém a esperança de retorno à rotina da fábrica. "Estou aproveitando a oportunidade para me dedicar aos estudos, pois não sentava num banco escolar há 18 anos", afirma Maria Idaiala, de 41 anos, que frequenta o curso de qualificação na fábrica da Mercedes-Benz. Funcionária da empresa há 15 anos, ela trabalha na área de montagem de cabines e enfrenta seu primeiro lay-off.
Com esperança de voltar ao trabalho "o mais rápido possível", Wilson Menezes Silva, funcionário da Volkswagen em São Bernardo, aproveita o tempo livre para fazer trabalhos voluntários. Com 49 anos de idade e 25 de Volks, ele produzia a Kombi, que saiu de linha.