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Mina no Congo desaba após pânico por tiros; ONG exige investigação

Ao menos 30 morreram após ponte ceder; setor emprega até 2 milhões no país.

Relatos indicam que disparos de soldados causaram tumulto e o colapso da estrutura. (Getty Images/Getty Images)

Relatos indicam que disparos de soldados causaram tumulto e o colapso da estrutura. (Getty Images/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de novembro de 2025 às 16h24.

Um desabamento em uma mina semimecanizada de cobre na província de Lualaba, no sudeste da República Democrática do Congo, deixou dezenas de mortos neste sábado, 15. Segundo a agência estatal de mineração artesanal SAEMAPE, o incidente ocorreu no sítio de Kalando após o colapso de uma ponte.

As estimativas de vítimas divergem. Um representante da SAEMAPE informou à Reuters que 49 pessoas morreram e 20 foram levadas ao hospital em estado crítico. Já o ministro do Interior da província, Roy Kaumba, declarou em pronunciamento televisivo que 32 mortes foram confirmadas.

De acordo com comunicado oficial da SAEMAPE divulgado no domingo, o colapso foi provocado por um episódio de pânico após disparos feitos por militares responsáveis pela segurança do local. A correria levou trabalhadores a se amontoarem, resultando em múltiplos ferimentos e mortes.

A Iniciativa para a Proteção dos Direitos Humanos pediu uma investigação independente sobre o papel dos militares no incidente, citando relatos de confrontos entre soldados e mineradores. O Exército congolês ainda não se pronunciou.

A mineração artesanal é uma das bases econômicas da região: estima-se que entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas trabalhem diretamente no setor, que sustenta mais de 10 milhões indiretamente no país. Acidentes são frequentes em áreas onde as escavações são feitas com pouca infraestrutura e quase nenhum padrão de segurança.

Acompanhe tudo sobre:República Democrática do Congo

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