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Macron fala com presidente iraniano e pede 'moderação' e retorno 'à via diplomática'

Presidente francês conversou com chefes de Estado de Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar e convocou conselho nacional de defesa e segurança

France's President Emmanuel Macron gives a press statement near the Metropole Hotel before attending a state dinner in Hanoi on May 26, 2025. (Photo by Ludovic MARIN / POOL / AFP)

France's President Emmanuel Macron gives a press statement near the Metropole Hotel before attending a state dinner in Hanoi on May 26, 2025. (Photo by Ludovic MARIN / POOL / AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de junho de 2025 às 13h34.

Última atualização em 22 de junho de 2025 às 13h41.

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou com seu homólogo iraniano, Massoud Pezeshkian, neste domingo, 22, a quem pediu "moderação" e o retorno "à via diplomática", afirmou na rede social X. Os Estados Unidos bombardearam três importantes instalações nucleares iranianas na madrugada de domingo (22, sábado no Brasil), participando da ofensiva lançada por Israel em 13 de junho.

Horas depois, o Irã disparou 40 mísseis contra Israel e acusou Washington de "destruir" as chances de uma solução diplomática para seu programa nuclear.

"O diálogo, um compromisso claro do Irã de renunciar às armas nucleares, ou colocar em risco toda a região. Só existe um caminho que leva à paz e à segurança para todos", disse Macron.

O presidente francês também conversou neste domingo com os chefes de Estado da Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar. Também convocou um conselho nacional de defesa e segurança para este domingo, às 19h30 (14h30 em Brasília).

Os ataques dos Estados Unidos que tiveram como alvo três instalações nucleares do Irã envolveram mais de 100 aeronaves, um submarino da Marinha no Golfo Pérsico e dezenas de munições guiadas de precisão, incluindo 14 bombas fura-bunkers de 13.600 kg, um artefato exclusivo das Forças Armadas americanas e nunca antes utilizadas em combate, informou o Pentágono na manhã deste domingo, em sua primeira declaração pública sobre a operação.

De acordo com o general da Força Aérea Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, dois grupos de bombardeiros furtivos B-2 Spirit decolaram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, à meia noite de sábado (horário local). O principal grupo de ataque, composto por sete aeronaves desse modelo, voou 18 horas do território continental dos EUA até o Irã, com múltiplos sistemas de reabastecimento em voo, e mais tarde lançou as bombas fura-bunker.

Outro grupo de aviões voou para o oeste, em direção à estratégica Base Naval de Guam, no Pacífico. Sua trajetória foi amplamente divulgada e captada por dados de rastreamento de voos, mas eram iscas destinadas a manter a surpresa tática, disse Caine em entrevista coletiva na manhã deste domingo.

A operação foi apelidada de “Midnight Hammer” ("Martelo da Meia-Noite", em português). Não há relatos de que as forças americanas tenham sido alvo de ataques.

— Este é um plano que levou meses e semanas de posicionamento e preparação, para que pudéssemos estar prontos quando o presidente dos EUA chamasse — declarou o secretário de Defesa Pete Hegseth. — Foi necessária muita precisão. Envolveu desorientação e a mais alta segurança operacional.

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