geral

Líder do governo quer votar projeto de desoneração hoje

Pelo texto do Executivo, as empresas que pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta ao INSS, passarão a pagar 2,5%


	Câmara dos Deputados: O governo, que não queria as mudanças no projeto para evitar diminuir a arrecadação, chegou a cogitar votar o texto na última quarta-feira
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Câmara dos Deputados: O governo, que não queria as mudanças no projeto para evitar diminuir a arrecadação, chegou a cogitar votar o texto na última quarta-feira (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 14h22.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse hoje (18) que o Projeto de Lei (PL) 863/2015, que altera as regras de desoneração da folha de pagamento concedida a 56 setores da economia, um dos itens do ajuste fiscal, será votado nesta quinta-feira.

O relator da proposta, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), também afirmou que a intenção é votar o projeto ainda hoje. Eles participaram da reunião de líderes da base aliada na Câmara dos Deputados com o vice-presidente, Michel Temer.

Pelo texto do Executivo, as empresas que pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passarão a pagar 2,5%. Setores que hoje pagam alíquota de 2% passarão a contribuir com 4,5%.

Picciani defende que o texto estabeleça exceções para alguns setores da economia, como transportes, comunicação, tecnologia da informação (call centers) e segmentos produtores de alimentos para a cesta básica. Para esses setores, ele alterou as alíquotas de 1% para 1,5% e de 2% para 3%.

O governo, que não queria as mudanças no projeto para evitar diminuir a arrecadação, chegou a cogitar votar o texto na última quarta-feira (10), mas adiou a votação para tentar um acordo sobre o relatório.

“O governo quer e o país precisa da votação do PL da desoneração. A economia precisa desse ajuste. Estamos discutindo com o relator, buscando o melhor entendimento para pacificar a base. Não há problema no mérito do projeto com toda a base.

O problema é o limite [das alíquotas]. O relator está conversando com alguns partidos e acredito que nós vamos construir entendimento. Dá para votar ainda hoje. Eu acredito que vamos pacificar, ao chegarmos no plenário, a base vai estar unida”, disse Guimarães.

Segundo o líder do governo, a equipe econômica “sempre esteve convencida que a sinalização para o país é votar o projeto nos termos do relator”. “O governo tem o entendimento que nós vamos votar o projeto a partir do relatório do relator Picciani. A posição do governo está consolidada”.

De acordo com Picciani, a intenção é votar hoje, mas os partidos ainda vão reunir suas bancadas para tirar suas posições. “O texto é o que está apresentado e o ministro [Joaquim Levy] sempre teve pleno conhecimento desse texto. Vamos defender o texto apresentado com a exclusão dos quatro setores com 50%. A princípio, mantenho meu parecer. Saio daqui com a defesa do parecer que está apresentado e com a tentativa de votar hoje".

Levy disse que também está na expectativa de que o projeto seja votado hoje. “É indispensável para o Brasil que seja votado o mais rápido possível. Seria muito bom que seja votado ainda hoje na Câmara”.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosINSSPolítica no Brasil

Mais de geral

Das menores às maiores: o desafio da diversidade nas empresas brasileiras – e na EXAME

EXAME Pass: aprofunde o conhecimento sobre o que impacta o seu desenvolvimento por apenas 29,90

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana

Exportações de produtos do agronegócio registram US$ 9,9 bilhões em fevereiro