Nápoles, uma das maiores cidades da Itália, concentra um perfil diverso de famílias e rendas (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 13h16.
Última atualização em 14 de outubro de 2025 às 14h02.
Uma em cada dez pessoas na Itália vivia na pobreza em 2024, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira, 14, pelo instituto nacional de estatísticas. O relatório destacou que famílias numerosas e lares de imigrantes foram os mais afetados.
Esse dado corresponde a 5,7 milhões de pessoas ou 2,2 milhões de domicílios e representa 9,8% da população, afirmou o instituto.
Embora o número tenha se mantido estável nos últimos dois anos, representa um aumento significativo em comparação à última década.
O relatório define pobreza absoluta como a incapacidade de pagar por bens e serviços essenciais.
Por exemplo, em Roma, o limite mensal em 2023 para um jovem casal com um filho era de 1.568 euros (cerca de 9.913 reais, na cotação atual).
Pelos padrões europeus comparáveis, 13,6 milhões de italianos — 23% da população — viviam em risco de pobreza ou exclusão social em 2024.
Por esse padrão mais amplo, a Itália estava acima da média europeia de 21% em 2024, segundo o Eurostat, uma posição pior do que vários países da Europa Ocidental, mas melhor do que outros como a Grécia, que atingiu quase 27%.
O estudo também revela uma desigualdade acentuada entre famílias italianas e estrangeiras: 35% das famílias compostas exclusivamente por imigrantes viviam abaixo da linha da pobreza no ano passado, em comparação com 6% das famílias compostas apenas por italianos.