Economia

Inflação na Argentina surpreende e tem alta menor do que o esperado em junho

Estimativa era de que os IPC registrasse alta de 1,9%, mas surpreendeu o mercado com uma taxa de 1,6% na comparação com o mês anterior. A inflação anualizada também desacelerou para 39,4%

Agência o Globo
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Publicado em 14 de julho de 2025 às 18h16.

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A inflação da Argentina aumentou um pouco menos do que o esperado em junho, outra vitória para o presidente Javier Milei antes das eleições legislativas de outubro, depois que um grande componente sazonal reduziu o valor de maio para o nível mais baixo em cinco anos.

Os preços ao consumidor aumentaram 1,6% no mês passado em relação a maio, menos do que a estimativa mediana dos economistas pesquisados pela Bloomberg, de 1,9%. A inflação anualizada desacelerou para 39,4%, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira. A taxa de 1,5% de maio foi a mais baixa desde maio de 2020.

Habitação, água, eletricidade e outros combustíveis tiveram o maior impacto sobre o valor de junho, de acordo com dados oficiais. Alimentos, bebidas e vestuário registraram os menores aumentos de preços.

Nas duas primeiras semanas de julho, o valor do peso caiu cerca de 5%, embora os economistas esperem um impacto limitado sobre os preços. A moeda foi enfraquecida pela maior demanda sazonal por dólares antes das férias de inverno na América do Sul e pela tensão eleitoral antes das eleições legislativas.

Na semana passada, o Senado aprovou projetos de lei que colocam em risco o superávit fiscal alcançado por Milei, um dos pilares de seu programa econômico.

A Argentina irá às urnas em outubro para renovar grande parte do Congresso, tendo a economia como tema central. Em setembro, a província de Buenos Aires - que abriga cerca de 40% da população - realizará eleições legislativas locais. Um resultado favorável a Milei poderia convencer os investidores de que suas reformas pró-mercado vieram para ficar.

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