Produtora de banana Fyffes, que se uniu à Chiquita (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 17h38.
Nova York - A consultoria Glass Lewis & Co recomendou aos acionistas da Chiquita Brands que votem contra a proposta de fusão da companhia com a irlandesa Fyffes e considerem outras opções.
Na segunda-feira, 20, outra influente empresa que presta consultoria a acionistas, a Institutional Shareholder Services (ISS), mudou sua recomendação inicial e defendeu a fusão entre Chiquita e Fyffes.
Em relatório a clientes, a Glass Lewis disse que analisou os argumentos disponíveis e descobriu que o conselho de administração da Chiquita se valeu de metodologias questionáveis para tentar diminuir o valor da proposta dos grupos brasileiros Cutrale e Safra.
A fusão com a Fyffes, anunciada em março, permitiria à Chiquita transferir sua sede para a Irlanda, cuja carga tributária é menor, e criaria a maior empresa de bananas do mundo. Além disso, um novo acordo, anunciado no final de setembro, prevê uma fatia maior para a Chiquita na companhia resultante da fusão com a Fyffes.
Na semana passada, a Cutrale/Safra aumentou em 7,7% sua oferta pela Chiquita. No entanto, o conselho de administração da Chiquita rejeitou a proposta, alegando que o novo valor oferecido é inadequado e não está no melhor interesse dos acionistas.
A Glass Lewis observou que há uma "disparidade generalizada" entre o valor real de mercado da Chiquita e a maneira como o conselho da companhia apresentou as perspectivas de criação de valor. A consultoria pediu que a administração da Chiquita considere outras alternativas, inclusive continuar sendo uma empresa autônoma.
Os acionistas da Chiquita devem votar sobre a proposta de fusão com a Fyffes em uma assembleia especial marcada para a sexta-feira, 24.