US President Donald Trump speaks during a news conference with Elon Musk in the Oval Office of the White House in Washington, DC, on May 30, 2025. Musk, who stormed into US politics as President Trump's chainsaw-brandishing sidekick, announced on May 28 that he is leaving his role in US government, intended to reduce federal spending, shortly after his first major break with the President over Trump's signature spending bill. (Photo by Allison ROBBERT / AFP) (Allison ROBBERT/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 31 de maio de 2025 às 18h17.
Entidades de promoção ao turismo reagiram neste sábado (31) ao comunicado do governo americano sobre as novas recomendações de segurança para viagens ao Brasil. A Embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Brasília afirmou ontem, em nova orientação dada aos cidadãos americanos, que há risco de sequestros no país.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), afirma que o Brasil vive o melhor momento do turismo internacional e que a visão americana é ultrapassada.
Segundo a Embratur, nos quatro primeiros meses de 2025, o país recebeu 4,4 milhões de visitantes — um crescimento de 51% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de turistas para o Brasil: 306 mil visitantes entre janeiro e abril, um aumento de 21,7%.
“Esses números refletem uma realidade que se impõe: o Brasil é um destino acolhedor e seguro para os que desejam conhecer sua imensa diversidade natural e cultural. Nesse contexto, causa estranheza e indignação a nota publicada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que reproduz uma imagem distorcida e ultrapassada do nosso país. Em 2024, o Brasil registrou os menores índices de violência em 11 anos, resultado de uma articulação federativa eficaz e de políticas públicas consistentes. Repudiamos esse tipo de recomendação alarmista, que mais se presta à desinformação do que à proteção dos cidadãos americanos”, destacou Freixo, em nota da Embratur.
A Abav Nacional, que representa os interesses das agências de viagens, também se posicionou em relação ao comunicado. Em nota, a associação diz que “discorda veementemente da nota emitida pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre os riscos de segurança enfrentados por cidadãs americanos em território brasileiro”.
O texto do governo americano, publicado na página oficial da Embaixada, é assinado pelo Departamento de Estado, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A Embaixada afirma que o Brasil sofre com "crimes violentos, incluindo assassinato, roubo à mão armada e roubo de carros", que podem "ocorrer em áreas urbanas, de dia e de noite". O texto cita ainda que "houve um sequestro com pedido de resgate de viajantes dos EUA".
Os americanos afirmam que há "atividade de gangues e o crime organizado são generalizados e frequentemente ligados ao tráfico de drogas recreativas". Também apontam que cidadãos americanos podem sofrer com "agressões físicas, com uso de sedativos e drogas colocadas em bebidas" comuns, segundo o texto, "especialmente no Rio de Janeiro".
O texto tem recomendações como "não viajar" para "qualquer lugar dentro de 160 km das fronteiras terrestres do Brasil com a Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela."
A lista com mais de 20 recomendações inclui orientações como: ficar atento ao seu entorno; não resistir fisicamente a qualquer tentativa de roubo; não aceitar comida ou bebidas de estranhos e sempre vigiar as bebidas; ter cautela ao caminhar ou dirigir à noite; não exibir objetos valiosos, como relógios caros ou joias; e ficar alerta ao visitar bancos ou caixas eletrônicos.