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COP30: encontro marcou o lançamento de iniciativas históricas para acelerar a redução de metano e outros gases de efeito estufa não-CO₂ (Leandro Fonseca /Exame)
Redação Exame
Publicado em 9 de novembro de 2025 às 14h00.
Brasil, China e Reino Unido, com apoio da Presidência da COP30, organizaram neste sábado, 9, uma cúpula sobre metano, reunindo representantes de Barbados, França, Alemanha, da Climate and Clean Air Coalition e da Bloomberg Philanthropies.
O encontro marcou o lançamento de iniciativas históricas para acelerar a redução de metano e outros gases de efeito estufa não-CO₂ — considerados essenciais para frear o aquecimento global e gerar ganhos imediatos em saúde, agricultura e qualidade do ar.
Durante o evento, os países anunciaram uma nova fase de cooperação e transparência climática, com medidas voltadas à mitigação rápida, regulação alinhada e mercados mais justos.
A ministra Marina Silva e o secretário britânico Ed Miliband apresentaram o “Acelerador de Ação dos Países sobre Superpoluentes”, projeto da CCAC que visa reduzir emissões de metano e HFCs em 30 países em desenvolvimento até 2030.
O programa criará Unidades Nacionais de Superpoluentes e começará com sete países — incluindo o Brasil — que receberão juntos um investimento inicial de US$ 25 milhões. A meta é mobilizar US$ 150 milhões na primeira fase.O Reino Unido também divulgou a declaração “Reduzindo Drasticamente as Emissões de Metano no Setor Global de Combustíveis Fósseis”, que propõe seis ações para cortar emissões até 2030, entre elas o fim da queima e ventilação rotineiras e o desenvolvimento de um mercado de metano quase zero.
“Gases de efeito estufa de curta duração, como o metano, têm impacto mais potente no aquecimento global do que o CO₂. Reduzir suas emissões nos dá a oportunidade de manter a temperatura média do planeta em 1,5°C”, afirmou Marina Silva.
O ministro chinês Huang Runqiu destacou a importância da cooperação internacional no controle do metano, enquanto Miliband reforçou que o Reino Unido trabalha para transformar “ambição em ação concreta”.
Já Liz Thompson, embaixadora de Barbados, alertou que cortar emissões é “uma questão de sobrevivência e estabilidade” para pequenas ilhas — e defendeu que a COP31 avance rumo a um acordo legalmente vinculante.
A CEO da COP30, Ana Toni, afirmou que a próxima conferência será “uma plataforma para demonstrar soluções escaláveis e mobilizar financiamento para mitigação rápida”.
Os anúncios consolidam uma nova era de compromisso climático global e representam, segundo os organizadores, um “freio de emergência climático”.