Pavel Durov: CEO do Telegram e pai de mais de 100 pessoas (Chris Ratcliffe/Getty Images)
Repórter de Casual
Publicado em 20 de junho de 2025 às 09h27.
Com mais de 100 filhos, o cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, afirmou que todos os seus descendentes eventualmente receberão uma parte de sua fortuna.
Ao veículo francês Le Point, o empresário russo afirmou ser "pai oficial" de seis filhos, de três parceiras diferentes, e que tem mais de 100 filhos em 12 países após doar seu esperma.
“Não faço distinção entre meus filhos. Há os concebidos naturalmente e os que nasceram por doações de esperma. Todos são meus filhos e terão os mesmos direitos. Não quero que se destruam após minha morte", disse Durov.“Escrevi meu testamento recentemente... Decidi que meus filhos não terão acesso à minha fortuna até que se passem 30 anos, a partir de hoje”, disse ao Le Point. “Quero que vivam como pessoas normais, que construam suas próprias vidas, aprendam a confiar em si mesmas, que sejam capazes de criar e não dependam de uma conta bancária.”
Apesar de ter 40 anos, Durov explicou que fez o testamento porque seu trabalho envolve riscos e ele tem inimigos em “Estados poderosos”.
No ano passado, Durov anunciou que seu aplicativo de mensagens obteve lucro líquido pela primeira vez em 2024, com um volume de negócios de mais de um bilhão de dólares (R$ 6,16 bilhões, na cotação atual).
Durante muito tempo, o Telegram funcionou sem publicidade ou serviços pagos. A partir de 2021, no entanto, a plataforma adotou uma política de monetização, que se baseia principalmente em assinaturas que oferecem funções exclusivas e a introdução da publicidade.
Durov anunciou vendas anuais de mais de "um bilhão" de dólares e mais de "500 milhões de dólares" (R$ 3 bilhões) em reservas em dinheiro, sem contar com seus ativos em criptomoedas.
Ele também comemorou que o número de assinantes da versão paga do aplicativo, o Telegram Premium, tenha triplicado, superando, segundo ele, os "doze milhões" de usuários, e o aumento da receita com publicidade.
O ano de 2024 foi marcado por um revés judicial para o representante da plataforma, que no fim de agosto foi detido e posteriormente indiciado por dois juízes franceses por uma série de delitos relacionados com o crime organizado.
A justiça o criticou por não ter tomado medidas contra a divulgação de conteúdos criminosos pelo aplicativo.
Durov foi posto em liberdade sob um estrito controle judicial, que inclui a obrigação de depositar uma fiança de cinco milhões de euros (R$ 32 milhões, na cotação atual), se apresentar à Polícia duas vezes por semana e a proibição de deixar o território francês.
O tema causou forte comoção e a Rússia alertou contra "qualquer perseguição política".
O bilionário de 40 anos, que tem várias nacionalidades (francesa, russa e emiradense, principalmente), quebrou o silêncio em meados de setembro pela primeira vez desde sua detenção.
Em mensagem no Telegram, ele disse que lhe parecia "surpreendente" que fosse considerado responsável pelo conteúdo publicado por outras pessoas e qualificou a afirmação francesa de "imprudente".