Patrocínio:
(Reprodução/Reprodução)
Editora do Future of Money
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 10h34.
Última atualização em 6 de novembro de 2025 às 10h38.
Nesta quinta-feira, 6, o bitcoin sinaliza recuperação e é negociado na casa dos US$ 103 mil após ter despencado abaixo de US$ 100 mil na última terça-feira, 4. Especialistas apontam para janela de oportunidade no longo prazo e chance de consolidação entre U$ 100 mil e US$ 106 mil.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 103.444, com alta de 0,9% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias, a criptomoeda ainda acumula queda de 17%.
"O mercado de criptoativos começa o dia em leve queda, após a forte recuperação de ontem. No agregado dos últimos 30 dias, ainda há descompasso entre oferta e demanda, com investidores de longo prazo realizando lucros enquanto compras de ETFs e tesourarias permanecem abaixo da emissão de novos bitcoins", disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
"Do lado técnico, o bitcoin tenta se manter acima da média móvel de 50 semanas, hoje em torno de US$ 103 mil. No diário, atingiu 2 desvios padrão abaixo da média de 50 dias, uma configuração que desde 2017 teve 83,3% de acerto em janelas de 60 dias e retorno médio de 9,68%, sugerindo assimetria positiva para exposição pensando neste horizonte de tempo", acrescentou.
"Para as próximas semanas, vejo uma janela oportuna para exposição gradual e prudente em ativos de alta qualidade e liquidez. Ainda assim, uma recuperação mais ampla depende da retomada dos fluxos, com reentrada nos ETFs, reengajamento das tesourarias e alívio na distribuição por parte dos investidores de longo prazo", concluiu o analista.
"O bitcoin recuperou após as liquidações ocorridas na terça-feira, 4. A expectativa de curto prazo para o bitcoin é neutra a levemente positiva. O aumento do apetite por risco, impulsionado pelos dados econômicos mais fortes, favorece ativos como o bitcoin, embora o dólar ainda firme limite o potencial de alta mais expressiva", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"Podemos esperar uma oscilação na faixa de US$ 100 mil a US$ 106 mil, com possibilidade de avanço caso o dólar recue ou surjam novas surpresas econômicas favoráveis. Por outro lado, se o dólar se valorizar ainda mais ou se os mercados de risco voltarem a cair, o bitcoin pode testar novamente os suportes em torno de US$ 98 mil a US$ 100 mil", acrescentou o executivo.
"Vemos o recorde de 36 dias de paralisação do governo dos Estados Unidos como um revés temporário que reforça o valor de sistemas resilientes e descentralizados, como aqueles que sustentam a economia cripto. A interrupção de agências-chave e os atrasos em legislações sobre a estrutura de mercado expuseram a fragilidade das operações centralizadas, o que pode acelerar os apelos por uma regulação cripto mais clara e bipartidária assim que as funções normais forem retomadas", disse Gracy Chen, CEO da Bitget.
"Embora a pausa possa afetar o sentimento dos investidores no curto prazo, ela pode, em última instância, impulsionar reformas ao evidenciar as ineficiências dos sistemas financeiros tradicionais e fortalecer a confiança institucional na confiabilidade do blockchain. Em um mercado onde a volatilidade persiste, mas a inovação continua forte, esse período de incerteza estimula estratégias diversificadas e a adoção global, à medida que os investidores buscam estabilidade em alternativas descentralizadas", acrescentou a executiva.
"De modo geral, a paralisação atua como um catalisador para o progresso, reforçando a necessidade de estruturas regulatórias robustas e voltadas para o futuro, que equilibrem inovação, transparência e resiliência — estabelecendo as bases para um crescimento sustentável em todo o ecossistema de ativos digitais", concluiu.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | Tik Tok