Repórter
Publicado em 18 de junho de 2025 às 15h50.
Última atualização em 18 de junho de 2025 às 16h22.
A Apple está estudando a possibilidade de lançar um modelo dobrável do iPhone a partir de 2026, segundo o analista de mercado Ming-Chi Kuo, especializado na cadeia de fornecimento asiática. A novidade foi publicada por ele nesta quarta-feira, 18, em uma postagem na rede X.
De acordo com Kuo, que tem um histórico de acertos sobre produtos da Apple, a tela do novo dispositivo pode ser fornecida pela Samsung Display, braço da fabricante sul-coreana dedicado a painéis OLED, e a previsão inicial seria de até 8 milhões de unidades do componente produzidas no próximo ano.
Outros componentes-chave, como a dobradiça do aparelho, ainda não estão definidos. O analista afirma que o dispositivo deve ter “precificação premium”, termo usado para indicar preços mais altos que a média do mercado.
O projeto ainda pode ser cancelado ou adiado. Kuo ressalta que os planos "não estão fechados" e dependem da evolução do desenvolvimento e da demanda do mercado.
O iPhone representa mais da metade da receita da Apple. Foram US$ 201 bilhões em vendas no ano fiscal de 2024, mas a receita do produto atingiu seu pico em 2022, com sinais de desaceleração desde então. A empresa tem buscado maneiras de renovar o interesse do público e oferecer diferenciais que estimulem atualizações por parte dos usuários.
Enquanto isso, concorrentes como Samsung, Huawei e Motorola já atuam no segmento de celulares dobráveis desde 2019, oferecendo aparelhos com tela expansível em formato de tablet e que cabem no bolso. Modelos como o Galaxy Z Fold e o Razr ocupam nichos mais caros e voltados para consumidores interessados em inovação estética e funcional.
No entanto, os telefones dobráveis ainda enfrentam problemas técnicos, como vincos visíveis nas telas e durabilidade comprometida em dobradiças. Além disso, o apelo de novidade tem mostrado fôlego limitado.
Segundo a consultoria TrendForce, apenas 1,5% dos smartphones vendidos no mundo em 2023 eram dobráveis. A Counterpoint Research, por sua vez, afirma que o mercado cresceu apenas 3% em 2024 e projeta retração em 2025.