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Após gafe, Microsoft mira diferença de salários entre sexos

Políticas de salários e a atitude em relação às mulheres ainda são questionadas e devem ser abordadas no conselho da empresa


	Logo da Microsoft em frente ao escritório da companhia: cerca de um terço dos 110 mil funcionários é formado por mulheres
 (Photopin)

Logo da Microsoft em frente ao escritório da companhia: cerca de um terço dos 110 mil funcionários é formado por mulheres (Photopin)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 21h21.

Seattle/San Francisco - Uma conhecida foto nos círculos de tecnologia, tirada em 1978, mostra os primeiros 11 funcionários da Microsoft. Duas são mulheres. Uma delas saiu da empresa dois anos depois, após um conflito sobre salários.

Quase quatro décadas depois, os números melhoraram: cerca de um terço dos 110 mil funcionários da Microsoft é formado por mulheres.

Mas as políticas de salários e a atitude em relação às mulheres ainda são questionadas e devem ser abordadas no conselho da empresa, de acordo com uma diretora, Maria Klawe.

O tema chegou às manchetes e às redes sociais na quinta-feira, quando o novo presidente-executivo, Satya Nadella, sugeriu que as mulheres no mercado de tecnologia não deveriam pedir aumentos, mas confiar no sistema e no "carma" para conseguir o que merecem.

Ele se desculpou mais tarde, mas o dano já estava feito, reforçando a imagem de que a Microsoft -- e a indústria de tecnologia -- é terreno masculino.

"Ele se retratou. Acredito que ele fará melhor. Tenho certeza de que ele pensará mais sobre igualdade de salários", disse Klawe em entrevista por telefone nesta sexta-feira.

Klawe, uma defensora de longa data das mulheres do setor, fez a pergunta para Nadella no palco na quinta-feira que levou às observações dele, e a executiva desde então tem liderado os esforços da companhia para reduzir os danos de imagem.

A executiva de 63 anos disse que está pressionando pela contratação e promoção de mulheres na Microsoft desde que entrou no conselho da empresa cinco anos atrás, mas que a questão dos aumentos de salários para as mulheres não foram discutidas pelo Conselho.

"Suspeito que agora serão", disse ela.

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