Repórter
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 12h17.
Última atualização em 26 de agosto de 2025 às 13h03.
O governo brasileiro anunciou que irá comprar produtos como açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas diretamente dos produtores afetados pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em comunicado, o governo federal afirmou que os produtos, adquiridos sem necessidade de licitação, "serão usados na merenda escolar de instituições públicas de ensino, hospitais, restaurantes universitários e para as Forças Armadas".
Em nota, o governo afirmou ainda que a medida já está em vigor e não tem data para terminar.
A ação, segundo o governo, vai contemplar agricultores familiares e empresas que deixaram de exportar para os Estados Unidos em função das tarifas impostas pelo presidente americano.
Os alimentos serão comprados com o orçamento já disponível nos programas de alimentação escolar (Pnae), de aquisição de alimentos (PAA) e de compras institucionais.
“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos de alimentação escolar. Isto é, ter na alimentação escolar açaí e frutas como manga e uva, além de mel e tilápia. Esses produtos serão absorvidos no programa de alimentação escolar. E, também, nos programas de compras nos restaurantes destinados às Forças Armadas e hospitais públicos federais, estaduais e municipais, restaurantes universitários e institutos federais que possam adquirir também esses alimentos para os seus restaurantes”, disse o ministro Paulo Teixeira (MDA), em nota.
Segundo ele, "o governo age principalmente para evitar a perda desses produtos perecíveis, já que não há solução imediata no mercado internacional".
A carne bovina e o café, também taxados pelo governo americano, ficaram de fora da lista a princípio. Segundo Teixeira, esses produtos têm maior facilidade de diversificação de mercados e maior durabilidade.
"O café, hoje, tem um mercado grande no mundo inteiro. Há falta de café e há outros mercados que querem o café brasileiro. A carne igualmente, porque tem outros mercados e pode ser congelada. São produtos com validade maior", disse.