Sam Altman é um dos responsáveis pelo Worldcoin (Chris Ratcliffe/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 9 de julho de 2024 às 14h47.
O Worldcoin avançou nesta terça-feira, 9, no processo de lançamento de uma rede blockchain própria para seus usuários. A iniciativa é controlada pela empresa Tools for Humanity, que por sua vez tem como líderes Alex Blania e Sam Altman, atual CEO da OpenAI, a dona do ChatGPT.
Nesta semana, a Tools for Humanity anunciou que liberou o acesso de desenvolvedores à World Chain, que foi anunciada em abril deste ano como a nova rede do projeto. A ideia é que a rede dê mais eficiência e utilidade real aos projetos atualmente desenvolvidos pela empresa.
Os dados mais recentes divulgados pela Tools for Humanity apontam que o Worldcoin soma mais de 10 milhões de usuários e 75 milhões de transferências com a sua criptomoeda própria, a WLD, que também passará a ser hospedada na nova rede blockchain.
Com a abertura, os desenvolvedores poderão "construir, testar e enviar feedbacks" sobre a rede, de acordo com um comunicado enviado à imprensa. A rede será de segunda camada e está sendo criada por meio da tecnologia da rede Optimism, com ambas ligadas à Ethereum.
A expectativa atual da Tools for Humanity é de que a World Chain será lançada para o público até o fim do verão no Hemisfério Norte, ou seja, até o fim do inverno no Brasil. Ainda não há, porém, uma data exata para o lançamento do projeto ou de redes de teste públicas.
O Worldcoin foi lançado para o público em 2023 e tem como objetivo projeto criar uma identidade digital única global para facilitar a diferenciação entre humanos e robôs. A identidade é obtida após o usuário cadastrar sua íris a partir do escaneamento por um equipamento chamado Orb, recebendo criptomoedas em troca.
Por outro lado, o projeto tem enfrentado diversos problemas jurídicos nos diferentes países em que atua. É o caso de Portugal, que ordenou no fim de março a suspensão das operações do Worldcoin, incluindo o escaneamento pelos Orbs, no país, assim como Hong Kong.
O Worldcoin nega que tenha problemas no tratamento de dados e afirma que o registro de íris é imediatamente deletado e substituído pela World ID, uma espécie de identidade digital. Mesmo assim, o projeto tem enfrentado problemas e críticas por preocupações com a segurança dos dados dos usuários.