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Web 3.0: a internet está sendo reinventada nesse exato momento

A internet está sendo reinventada, ou melhor, descentralizada. Chamada de Web 3.0, a nova fase da internet vai chegar para mudar a forma como navegamos online. Entenda como isso vai funcionar

Depois de duas fases chamadas de Web 1.0 e Web 2.0, a Web 3.0 vai unir a internet ao blockchain (iStock/Thinkstock)

Depois de duas fases chamadas de Web 1.0 e Web 2.0, a Web 3.0 vai unir a internet ao blockchain (iStock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2022 às 09h14.

Por André Portilho*

@anportilho

Você sabia que nesse exato momento a internet está sendo reinventada? Já ouviu falar de Web 3.0? Então leia até o final para entender melhor.

Cripto, além de uma ser uma nova e revolucionária tecnologia também é uma nova classe de ativos. Talvez a mais nova nos últimos 300 anos. Isso tem a ver com a descentralização da internet, ou como costumamos chamar de Web 3.0.

Para contextualizar, se falamos de uma Web 3.0, o que foram a Web 1.0 e a 2.0? A primeira geração da internet, ou na Web 1.0, vigorou entre 1990 e 2005. Nela, protocolos abertos permitiram que a informação transitasse diretamente entre os computadores de quem produzia e de quem consumia conteúdo.

Bastava que se digitasse o endereço de um website no navegador e “boom” - toda a informação estava a seu dispor. A experiência era na maioria das vezes estática, muito parecida com ler um jornal ou uma revista só que em formato digital, na tela do seu computador.

Apesar de toda essa inovação, o produtor de conteúdo ainda tinha que lidar com as complexidades de criar e manter um site com servidores, hospedagem e domínios para gerir. Em cima disso e do crescimento exponencial da internet, começaram a surgir plataformas que facilitavam essa interação, melhorando a vida dos produtores e trazendo novas funcionalidades ao que existia na época. Surgia assim a Web 2.0, que começa em 2005 e se estende até os dias de hoje.

https://www.youtube.com/watch?v=EPZmAPBzyws

Essas plataformas cresceram como os intermediários da internet, tirando a complexidade para os usuários e introduzindo funcionalidades não existentes na Web 1.0. Ao permitir que os usuários se tornassem também produtores de conteúdo, plataformas como Facebook, Youtube e Twitter cresceram exponencialmente e passaram a ser detentoras de uma quantidade de dados e informações sem precedentes na história.

Esse monopólio dos dados junto com questões relacionadas à privacidade dos usuários fez com que surgisse a demanda por uma internet mais descentralizada e menos concentrada nas mãos de poucas empresas. É aí que entra a Web 3.0, com a promessa de ser uma internet baseada na infraestrutura de cripto e blockchain, onde possa haver ao mesmo tempo a descentralização da Web 1.0 com as funcionalidades da Web 2.0.

Nessa nova internet, os dados e informações coletados não são mais propriedade das plataformas e sim dos usuários, através de redes públicas e seguras. Alimentada por redes de incentivo e governança descentralizados, a proposta da Web 3.0 é devolver o poder – e os retornos – ao usuário. Para isso, basta que se tenha uma carteira digital e se conectar a um blockchain. Dinheiro, certificados de propriedade, registros de identidade, dados pessoais, tudo isso pode ser de posse e gerido pelos próprios usuários.

Se a Web 1.0 era a respeito de informação e a Web 2.0 a respeito das plataformas, a Web 3.0 é a respeito de propriedade. Redes abertas governadas por tokens nativos a essas redes e pertencentes aos seus usuários que interagem entre si através de carteiras digitais. Mais do que isso, todo esse sistema funciona baseado em código aberto, descentralizado e não permissionado, ou seja, qualquer pessoa pode participar, entrar e sair da rede quando bem entender.

Outra característica da Web 3.0 é a interoperabilidade. Essa palavra complicada significa na prática que se pode circular entre várias plataformas sem precisar mudar de perfil. Na internet atual, a Web 2.0, cada plataforma tem a sua própria base de dados e é necessário a criação de um perfil para cada uma. Você não entra no Instagram com o seu mesmo perfil do LinkedIn.

(Mynt/Divulgação)

É estranho pensarmos nisso, mas da forma que a internet atual funciona, é como se quando fôssemos a um shopping center tivéssemos que trocar de roupa a cada vez que entramos em uma nova loja. Na Web 3.0 o seu perfil vai contigo para as diferentes plataformas e os seus dados vão junto, da mesma forma que na vida real.

Apesar do termo, ainda não existe uma definição formal para Web 3.0. O que dá pra falar é que se trata dessa junção de cripto com a internet, tornando o mundo digital mais aberto, interativo e democrático. Com mais privacidade e controle por parte dos usuários. E você? Já tem a sua carteira digital?

A gente se vê semana que vem no próximo Crypto Insights.

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