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Volta dos NFTs? Gestora aponta retomada do segmento após crise nos últimos anos

Depois de se tornarem uma das sensações do mercado cripto, NFTs viram valor despencar e perderam boa parte dos seus investidores

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 16h32.

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Os tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) se tornaram uma das sensações do mercado cripto em 2021, atraindo bilhões em investimentos e compras por famosos e disparando de preço. Desde então, o segmento perdeu boa parte do seu valor e investidores. Mas um relatório aponta que ele pode estar se recuperando.

A gestora Galaxy Digital afirmou recentemente que o atual ciclo de alta do mercado cripto pode estar levando a uma "retomada" do segmento de colecionáveis digitais. O principal sinal dessa recuperação após anos de crise é a disparada nas atividades em marketplaces.

Os dois maiores do mercado, o Bluer e a OpenSea, são responsáveis hoje por 60% e 27% de todo o volume negociado de NFTs nos últimos 30 dias, segundo o relatório. E essa expansão nas suas fatias de mercado coincidiu também com uma forte alta na atividade dos seus usuários.

Na visão da Galaxy, essa "ressurgência" do segmento está sendo liderada principalmente pelas 25 maiores coleções do mercado, o que indica que a recuperação está se concentrando em colecionáveis antigos e maiores, e não em novos criptoativos lançados recentemente.

O principal destaque do relatório são as coleções de NFTs do Pudgy Penguins. As duas coleções - Pudgy Penguins e Lil Pudgys - viram seus preços mínimos saltaram 206% e 265% nas últimas semanas, segundo o relatório.

A disparada reflete o interesse de investidores em comprar os colecionáveis para participar do airdrop da criptomoeda própria do projeto, a PENGU, que ocorreu nesta semana. Assim, não há como saber ainda se a alta vai se manter.

A visão da Galaxy é que "a integração de tokens em coleções NFT representa um desenvolvimento fundamental no ecossistema. Ao introduzir esses tokens fungíveis, os projetos podem agora oferecer recompensas adicionais aos detentores, ao mesmo tempo que criam novas oportunidades especulativas".

A gestora acredita que a "a recepção positiva" do mercado a essa novidade indica que "os colecionadores veem essas alocações de tokens como um catalisador de alta".

"Essa tendência surge à medida que o mercado de NFT mostra fortes sinais de recuperação de uma de suas crises mais severas. Desde novembro de 2024, o volume de negociação semanal se recuperou para US$ 172 milhões, ultrapassando os US$ 100 milhões pela primeira vez desde maio de 2024", pontua.

Mas, mesmo que o segmento esteja finalmente se recuperando, a Galaxy pontua que ele ainda está bem distante do seu auge: as principais coleções do mercado seguem entre 60% e 80% abaixo das suas máximas de preço.

"Embora o impacto a longo prazo destes tokens na sustentabilidade do projeto permaneça incerto, eles representam uma resposta estratégica à crescente concorrência das memecoins. Ao oferecer tokens fungíveis, os projetos de NFTs agora fornecem aos especuladores um ponto de entrada sem exigir a compra de NFTs inteiros, expandindo potencialmente seu apelo de mercado", pontua.

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