Número de transações envolvendo NFTs em novembro foi o maior de 2022 (GettyImages/Reprodução)
Os cinco maiores marketplaces de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) tiveram em novembro o pior mês de vendas em 2022, com uma queda de 20%, ou US$ 100 milhões (R$ 524 milhões, na cotação atual) em relação a outubro do mesmo ano.
Os dados são de um levantamento do Balthazar DAO divulgado nesta segunda-feira, 5. Ele leva em conta os dados das plataformas OpenSea, Magic Eden, X2Y2, LooksRare e Solanart.
De acordo com o relatório, as cinco plataformas totalizaram US$ 394,02 milhões em negociações envolvendo NFTs. Além de ser o menor valor do ano, a cifra ficou consideravelmente abaixo do auge de 2022, em janeiro, quando as negociações ultrapassaram US$ 6 bilhões.
Apesar do novo recuo mensal no segmento, o sétimo consecutivo, o OpenSea está registrando um desempenho anual melhor que em 2021. O acumulado em vendas no até novembro do ano passado era de US$ 13,06 bilhões. Agora, é de US$ 16,54 bilhões, uma alta de 27%.
Mesmo assim, a plataforma, considerada a maior do mercado de NFTs, teve uma queda de 30% nas vendas em novembro na comparação com outubro. O Magic Eden foi o único marketplace grande que teve alta na comparação mensal, com as vendas subindo de US$ 58,66 milhões para US$ 94,40 milhões.
O resultado fez com que o Magic Eden ganhasse espaço na divisão de mercado pelos cinco martketplaces, com todos os outros perdendo parte de suas fatias. O OpenSea detém agora 44,3% do total, seguindo pelo Magic Eden (24%), X2Y2 (17,5%), LooksRare (14,1%) e Solanart (0,1%).
Ao todo, as plataformas de negociação de NFTs registraram 1,32 milhão de usuários em novembro, uma queda de 28% em relação a outubro de 2022, ou 503 mil usuários a menos. O número também foi o menor do ano.
Por outro lado, o número de transações em novembro foi o maior de 2022, com 39,7 milhões de negócios. O crescimento em relação a outubro foi de 48%, ou 12,87 milhões de negócios. A venda média foi de US$ 966, alta de 8%.
John Stefanidis, co-fundador e CEO da Balthazar, avalia que a queda nas vendas de NFTs em 2022 "faz sentido" devido à combinação de "pressões macroeconômicas" e os "três cataclismos de 2022: Terra Luna, Three Arrows Capital e FTX".
"Vimos as taxas de juros subirem e a renda disponível apertar, junto com volatilidade nos mercados de ações. As pessoas perderam a confiança e estão sendo mais cautelosas. O que vimos é obviamente um declínio nas vendas principalmente de NFTs de imagens e arte", explicou.
Segundo Stefanidis, o setor começou a vivenciar uma diversificação na aplicação de tokens não-fungíveis, como para compras de casas, o que deve criar um "espaço realmente empolgante e próspero, mas, compreensivelmente, as pessoas estão esperando por mais usos da tecnologia".
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