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Venda de US$ 3,4 bilhões em criptomoedas da falida FTX não deve afetar mercado, diz Coinbase

Corretora que protagonizou escândalo e faliu em 2022 vai vender seus criptoativos para pagar dívidas, mas terá obstáculos

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de setembro de 2023 às 13h30.

A FTX, corretora de criptomoedas que chegou a ser a segunda maior do mundo em valor de mercado, mas protagonizou um escândalo e faliu em novembro de 2022, agora irá vender seu patrimônio em criptoativos para pagar suas dívidas, incluindo o ressarcimento de investidores que ficaram no prejuízo.

A venda de cerca de US$ 3,4 bilhões em criptomoedas preocupou investidores e especialistas, que temem um impacto negativo grande na cotação dos ativos vendidos.

A FTX atualmente possui US$ 1,1 bilhão em Solana, US$ 560 milhões em bitcoin, US$ 192 milhões em ether, US$ 118 milhões em XRP, US$ 41 milhões em wBTC, US$ 37 milhões em wETH e mais U$ 1 bilhão em outras 400 criptomoedas.

A venda que mais preocupava era a de Solana. A criptomoeda chegou a despencar mais de 9% recentemente com investidores vendendo suas posições. No entanto, a SOL volta a subir 9% nesta segunda-feira.

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Condições para venda devem proteger mercado

Contrariando o relatório da Matrixport, que afirma que a venda pode “prejudicar o mercado de criptomoedas pelo resto de 2023”, o relatório da Coinbase tem uma abordagem mais otimista sobre o assunto.

Os especialistas da corretora apontam diversos fatores que podem atenuar o impacto da venda dos ativos no mercado.

Para começar, as vendas são limitadas a US$ 50 milhões por semana na primeira fase e aumentam para US$ 100 milhões nas semanas seguintes, disse o relatório.

Além disso, David Duong, head de research institucional da Coinbase disse no relatório que existem “controles rígidos para a venda de certos tokens ‘afiliados a informações privilegiadas’ que exigem aviso prévio de 10 dias a esses mesmos comitês”.

As unidades de Solana da corretora falida, por exemplo, estão bloqueadas até 2025 por conta do cronograma de aquisição dos direitos do token. Outras criptomoedas do patrimônio da FTX também apresentam as mesmas condições, segundo o relatório da Coinbase.

É válido notar que a corretora, que desde o pedido de falência tem uma equipe especializada com o objetivo de reestruturação, ainda não possui capital o suficiente para ressarcir todos os seus credores, incluindo os investidores que tinham criptomoedas na corretora e ficaram no prejuízo. Enquanto o patrimônio da FTX atualmente soma US$ 7 bilhões, as dívidas estão em US$ 16 bilhões e ainda podem aumentar caso novos credores reivindiquem seu dinheiro.

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