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Stablecoins: conheça as maiores stablecoins pareadas ao dólar (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 16h28.
As stablecoins surgiram em 2014, mas foi apenas 11 depois que ela se consolidaram como a nova grande tendência do mercado financeiro. O segmento tem atraído cada vez mais usuários, investidores e, nos últimos meses, empresas e até governos interessados. E dezenas de stablecoins já circulam no mundo das criptomoedas.
As stablecoins são um tipo específico de criptomoedas que tem como principal característica a paridade com outro ativo. Isso significa que o valor da stablecoin é sempre estável, o que leva ao seu nome (moeda estável, em tradução livre). Por exemplo, 1 unidade de uma stablecoin de real sempre vai valer R$ 1.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse neste ano que essas criptomoedas são "a maior revolução para as finanças desde a internet". Já o Citi divulgou um relatório que aponta que o segmento deve valer mais de US$ 1 trilhão até 2030. Mas, afinal, quais são as principais stablecoins do mercado?
Emitida pela empresa Tether e pareada ao dólar, a USDT é a maior e mais conhecida stablecoin do mercado. É, também, uma das mais antigas ainda em atividade, tendo sido lançada em outubro de 2024. O ativo é particularmente popular em mercados emergentes, caso do Brasil, em que surgiu como alternativa a moedas locais.
Dados da plataforma CoinGecko indicam que a capitalização de mercado atual da USDT é de US$ 180 bilhões, o que torna o ativo a terceira criptomoeda mais valiosa do mundo. No segmento de stablecoins, a USDT domina mais de 60% da capitalização total, indicando a hegemonia do projeto.
A USDC foi lançada em 2018 pela Circle, uma empresa que surgiu durante a disseminação da internet nos anos 2000 e que migrou para o mercado de criptomoedas anos depois. Também pareada ao dólar, é a segunda maior stablecoin do mercado, e é mais popular entre investidores institucionais e grandes empresas.
Segundo a plataforma CoinGecko, a USDC conta com uma capitalização de mercado de US$ 75 bilhões. Combinadas, a USDT e a USDC são responsáveis por mais de dois terços de todo o valor do segmento de stablecoins, e a criptomoeda tem ganhado mais espaço nos últimos anos.
Outra stablecoin relevante no mercado é a USDe. Pareada ao dólar, a criptomoeda faz parte do projeto Ethena, um blockchain voltado ao desenvolvimento de projetos no mundo das finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) a partir da tecnologia blockchain. Os projetos muitas vezes precisam de acesso a dólares para ter liquidez, e a stablecoin cumpre esse papel.
Apesar de ter sido lançada há menos de dois anos, em fevereiro de 2024, a USDe apresentou um rápido crescimento. Hoje, ela é a terceira maior stablecoin do mundo, com uma capitalização de mercado estimada em US$ 12 bilhões, de acordo com dados da plataforma CoinGecko.
Outra stablecoin mais recente é a USDS, criptomoeda lançada em novembro de 2024 e que também tem apresentado um crescimento acelerado. O ativo faz parte da Sky, anteriormente conhecido como Maker, um dos projetos mais antigos e relevantes do mercado cripto no mundo de DeFi. Seu principal diferencial foi ter sido criado primeiramente no blockchain Solana, e não na Ethereum.
A USDS também é pareada ao dólar. Dados da plataforma CoinGecko indicam que o ativo apresenta uma capitalização de mercado de US$ 8 bilhões, sendo usada principalmente nas operações de finanças descentralizadas que ocorrem em projetos hospedados no blockchain Sky.
A Dai é uma das stablecoins mais antigas ainda em funcionamento no mercado. Lançada em 2017, a origem da criptomoeda também está ligada à antiga Maker, atual Sky. Em 2020, a Bloomberg divulgou um artigo em que afirma que a Dai seria o primeiro exemplo de um projeto de finanças descentralizadas que obteve uma adoção em massa.
Entretanto, o projeto enfrentou no mesmo ano um dos casos mais famosos de perda de paridade entre uma stablecoin e o ativo pareado, no caso o dólar. Apesar da paridade ter sido recuperada, a Dai nunca foi capaz de recuperar inteiramente o espaço e reputação perdidos. Atualmente, sua capitalização é de US$ 4,5 bilhões.
A USD1 é a stablecoin mais recente na lista das maiores do segmento. Lançada em 2025, a criptomoeda pareada ao dólar já é a sexta stablecoin mais valiosa do mundo, contando com uma capitalização de mercado de US$ 2,7 bilhões, segundo o CoinGecko. E projeções ousadas afirmam que o ativo pode assumir o topo do ranking nos próximos anos.
O ativo foi criado pelo World Liberty Financial, um projeto que busca usar a tecnologia blockchain para modernizar o sistema financeiro global. O seu grande diferencial, e a chave para o crescimento acelerado, é o apoio oficial do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que já divulgou o World Liberty Financial em diversas ocasiões.
A PYUSD também é famosa no mercado de stablecoins. O motivo é que a criptomoeda pareada ao dólar foi lançada pelo PayPal, uma das empresas mais famosas na área de meios de pagamento em todo o mundo. O ativo estreou no mercado em 2023, e segue na lista dos mais valiosos do segmento.
Dados da plataforma CoinGecko indicam que a PYUSD tem uma capitalização de mercado na casa dos US$ 2,6 bilhões. Apesar da ligação com um gigante do mundo da tecnologia e dos pagamentos, o ativo não ganhou tanta tração quanto outras stablecoins líderes do setor.
Pelas características das stablecoins, é possível criar criptomoedas pareadas a diferentes ativos. Até o momento, nenhuma conseguiu chegar perto do valor e adoção das stablecoins pareadas ao dólar, mas elas também possuem aplicações interessantes.
A Tether Gold (XAUT) e a Paxos Gold (PAXG), por exemplo, são pareadas ao ouro. Há, também, criptomoedas pareadas ao euro, caso da EURC, avaliada em US$ 255 milhões. O mercado do Brasil também ganhou nos últimos meses stablecoins pareadas ao real, caso da BRLA, BRL1, BRZ e, mais recentemente, a BRLV. Apesar de não serem tão valiosas quanto as pareadas ao dólar, o uso dessas criptomoedas tem crescido no país.
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