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Um ano após o colapso da FTX: o que aprendemos?

A segunda maior Exchange do mundo caiu, causando um caos no setor cripto que, hoje, depois de um ano, continuamos a sentir seus efeitos

FTX (Reuters/Reuters)

FTX (Reuters/Reuters)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de novembro de 2023 às 11h36.

Por Gracy Chen*

O ano de 2022 viu alguns desafios no universo das criptomoedas, como a queda drástica do valor da Terra Luna em maio, que chegou a 99%. Porém, ninguém estava preparado para o declínio abrupto da segunda maior Exchange de cripto do mundo, a FTX, plataforma fundada por um empresário americano de apenas 30 anos.

O dia 11 de novembro, data em que foi anunciada a falência da FTX, ficará gravado na memória dos investidores como um dia de escândalos e perdas significativas em todos os níveis e ativos do mercado de criptomoedas. Algumas pessoas, incluindo celebridades e atletas, confessaram a perda dos seus investimentos.

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Apesar deste colapso, alguns investidores experientes optaram por permanecer no mercado, conscientes de que este declínio poderia desencadear consequências benéficas para eles.

Então, o que mudou no setor que justifica continuar a investir? A resposta é: muitas lições aprendidas. Tanto as bolsas como os investidores aprenderam uma lição valiosa, focada principalmente na transparência e na proteção do usuário.

A divulgação pública das reservas nas plataformas de câmbio levou a um maior escrutínio daqueles que prometem lucros, mas não oferecem nenhuma explicação sólida sobre como apoiariam os investidores no caso de uma contingência semelhante.

Em resposta às flutuações inerentes ao mercado de criptomoedas, os principais players assumiram responsabilidades, não apenas pelo bem de suas reputações, mas também como medida de proteção tanto para os investidores quanto para a integridade de suas próprias plataformas, incluindo iniciativas importantes, como o lançamento de Reservas de Teste e Fundos de Proteção.

Entende-se que a volatilidade é uma característica intrínseca deste mercado e, como resultado, cria-se no setor um ambiente mais estável e seguro, no qual todos os participantes desempenham um papel determinante, seja positivo ou negativo.

Com esta estrutura em mente, os reveses no universo das criptomoedas colocaram sobre a mesa a necessidade de uma regulamentação mais forte.

É imperativo que todos os intervenientes estejam envolvidos na formulação destas regulamentações, com o objetivo de incentivar a adoção responsável sem sacrificar as qualidades que tornam as criptomoedas acessíveis e atrativas para vários mercados.

Melhores práticas

Neste sentido, as melhores práticas do setor durante o último ano transcenderam o mero cumprimento das regulamentações existentes, incorporando medidas de segurança adicionais além das exigências de alguns países.

A incorporação de atores relevantes, como plataformas de pagamento tradicionais e bancos, democratizou o acesso às criptomoedas, facilitando a troca e o pagamento de bens e serviços, o que tornou as criptomoedas uma realidade para um público que no passado era cético, especialmente após a crise do ano anterior.

Este ano assistimos a uma importante transformação no mundo dos ativos digitais, que provavelmente foi uma aceleração na evolução que já estava em curso, e que depois deste acontecimento abriu os olhos do setor para uma ação contundente, levando a que cada vez mais instituições e plataformas tradicionais abram as portas ao setor, criando oportunidades interessantes para os comerciantes.

Além disso, estamos testemunhando o avanço de tecnologias blockchain, que continuam a moldar o cenário das criptomoedas. Essas inovações não apenas aprimoraram a segurança das transações, mas também abriram portas para novas aplicações em diversos setores, como o financeiro, de saúde e logística.

A descentralização e a transparência inerentes à tecnologia blockchain continuam a inspirar confiança, tornando as criptomoedas uma parte intrigante do futuro financeiro.

O desastre ocorrido no ano anterior promoveu transformações benéficas no setor de ativos digitais. Conforme é comum em crises, esses eventos aumentaram a consciência em relação à responsabilidade e à implementação de medidas de segurança para os investidores, culminando na criação de um ambiente mais estável e seguro para todos os envolvidos que enxergam nas criptomoedas um promissor instrumento de investimento.

Este é um momento propício para que as pessoas considerem incluir criptomoedas em suas carteiras de investimento.

*Gracy Chen é CEO da Bitget e supervisiona o crescimento e expansão dos mercados globais, estratégia, execução, negócios e desenvolvimento corporativo da plataforma. Ela iniciou sua jornada no mundo das criptomoedas desde 2014 e é investidora desde os primeiros dias da BitKeep, a carteira descentralizada líder da Ásia.

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