(shotsstudio/envato)
Redação Exame
Publicado em 17 de novembro de 2024 às 10h02.
A indústria de energia está passando por uma transformação significativa impulsionada pela crescente demanda por fontes de energia mais limpas e eficientes, diante de apagões e grandes cenários de desastres naturais que têm gerado preocupações pelo mundo. Neste contexto, a tokenização e os smart contracts emergem como tecnologias promissoras para otimizar a distribuição de energia e criar um sistema mais flexível e eficiente.
A tokenização é o processo de converter direitos de um ativo real em um token digital, geralmente baseado em blockchain. No setor de energia, isso pode representar unidades de energia, capacidade de geração ou até mesmo participação em projetos de energia renovável.
Além disso, podemos contar com o uso dos smart contracts, que são programas auto executáveis e que rodam em um blockchain para otimizar atividades. Eles podem automatizar processos como: compra e venda de energia, gerenciamento de demanda e a compensação de excedentes.
A implementação desses benefícios tecnológicos no setor de energia prometem não apenas otimizar a distribuição, mas também transformar fundamentalmente a estrutura do mercado, tornando-o mais eficiente, flexível e acessível. Por exemplo:
A tokenização e o uso de smart contracts pode realmente otimizar a distribuição de energia, mas é importante considerar os desafios de implementação, especialmente no contexto regulatório brasileiro.
Como todo setor, é preciso que ele tenha uma adoção e regulamentação do que é ofertado. Além, claro, de contar como uma segurança e escalabilidade, garantindo que tudo esteja de acordo e não ocorram problemas indevidos na implementação dessas novas soluções.
Outro ponto importante que não podemos deixar de destacar são os principais desafios da tokenização no setor de energia, especialmente quando implementada através de smart contracts.
Alguns problemas técnicos como falha no código que podem afetar a distribuição de energia e na integração com a infraestrutura e possíveis ataques cibernéticos estão propensos a acontecer. Além disso, claro, riscos de mercado, como volatilidade no preço dos tokens, baixa liquidez inicial, manipulação de mercado e a concentração de tokens em poucos players.
Para finalizar, a tokenização e os smart contracts têm o potencial de revolucionar a distribuição de energia, criando um sistema mais eficiente, flexível e sustentável. À medida que a tecnologia amadurece e as barreiras regulatórias são superadas, podemos esperar uma adoção crescente dessas soluções inovadoras no setor de energia.
*André Carneiro é CEO da BBChain.
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