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Tokenização de ativos do mundo real chega a R$ 650 bilhões em 2023

Stablecoins pareadas ao dólar ainda dominam segmento, mas há crescimento de projetos de tokenização de commodities e títulos

Tokenização tem ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Tokenização tem ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 22 de março de 2024 às 11h50.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 12h02.

A tokenização de ativos do mundo real, que resulta nos chamados tokens RWAs, existe desde 2015, mas um relatório da Coingecko aponta que, desde a introdução do mundo de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) em 2020, uma variedade mais diversificada de RWAs foi tokenizada para atender às necessidades dos investidores. Com isso, o segmento chegou a US$ 130 bilhões (R$ 650 bilhões, em tradução) em capitalização.

O relatório aponta que tokens RWA indexados ao dólar dominam o mercado e respondem por 99% de todo o valor do setor. Tokens lastreados em commodities atingiram US$ 1,1 bilhão em capitalização de mercado, sendo que o ouro continua sendo a commodity mais popular. Outro destaque é que os produtos do Tesouro tokenizados cresceram 641% em 2023, valendo mais de US$ 861 milhões.

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Segundo o Coingecko, somente as três principais stablecoins em dólares representam 95% do mercado, com o Tether ( USDT ) com US$ 96,1 bilhões, a USDC com US$ 26,8 bilhões e o Dai (DAI) com US$ 4,9 bilhões.

O USDT continua a dominar esse segmento, com uma fatia de mercado de 71,4%. Entretanto, a USDC, que viu a sua fatia de mercado despencar após sua breve perda de paridade durante a crise bancária dos Estados Unidos em março de 2023, não conseguiu recuperar sua participação.

Ativos ​​fora das stablecoins indexadas ao dólar representam apenas 1% do mercado. Esses tokens compreendem outras moedas fiduciárias, como Euro Tether (EURT), CNH Tether (CNHT), Mexican Peso Tether (MXNT), EURC (EURC), Stasis Euro (EURS) e BiLira (TRYB).

Metais preciosos tokenizados, como o Tether Gold (XAUT) e o PAX Gold (PAXG), representam 83% do valor de mercado dos tokens lastreados em commodities. Tokens como XAUT e PAXG são lastreados em uma onça de ouro físico, enquanto Kinesis Gold (KAU) e VeraOne (VRO) são atrelados a 1 grama de ouro.

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"Apesar do domínio dos metais preciosos tokenizados, também foram lançados tokens apoiados por outras commodities. Por exemplo, o projeto Uranium308 lançou urânio tokenizado que está atrelado ao preço de 1 libra de composto de urânio U3O8", afirma a CoinGecko.

Já os títulos do Tesouro dos EUA tokenizados tiveram um aumento de popularidade, com seu valor de mercado subindo 641% em 2023, de US$ 114 milhões para US$ 845 milhões. No entanto, esse impulso estagnou em 2024, com um crescimento de 1,9% em janeiro, com uma capitalização de mercado de US$ 861 milhões.

O Coingecko aponta que a Franklin Templeton é atualmente a maior emissora de títulos do Tesouro dos EUA tokenizados, com US$ 332,0 milhões em tokens emitidos de seu On-Chain US Government Money Fund. Isso lhe confere uma participação de mercado de pouco mais de 38,6%.

"Os emissores de stablecoins com rendimento, como Mountain Protocol e Ondo Finance, também provaram ser populares. Em fevereiro de 2024, o Mountain Protocol cunhou US$ 154,0 milhões em tokens Mountain Protocol USD ( USDM ) desde seu início em setembro de 2023, enquanto Ondo tem uma capitalização de mercado de US$ 132,4 milhões de Ondo US Dollar Yield (USDY)", destaca.

Segundo o relatório, a maioria dos títulos do tesouro tokenizados é baseada em Ethereum, com uma participação de mercado de 57,5%. No entanto, empresas como Franklin Templeton e Wisdomtree Prime optaram por emitir na Stellar, que atualmente tem uma posição dominante de 39%.

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