Grupo Telefónica é um dos principais na área de telecomunicações
Redação Exame
Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 11h19.
O Grupo Telefónica, um dos principais da área de telecomunicações e controlador da Vivo no Brasil, anunciou nesta semana uma parceria com o blockchain Chainlink para combater diversos tipos de ataques hackers, incluindo o chamado SIM Swap, que tem se multiplicado pela internet.
Em um comunicado, as empresas explicaram que a parceria busca aproveitar a tecnologia de oráculos da Chainlink, um sistema que permite integrar informações dentro e fora de redes blockchains. Com isso, a expectativa é de aumentar a segurança de contratos inteligentes a partir de dados externos.
O comunicado destaca que "esta colaboração marca um passo significativo na integração dos recursos de telecomunicações na indústria de blockchain e demonstra a necessidade de redes oráculo seguras para fornecer dados do mundo real nas redes".
"Este ecossistema interconectado aprimora a funcionalidade e a segurança dos aplicativos Web3, contribuindo para um cenário digital mais robusto e verificável", argumentam as empresas.
Um dos casos de uso previstos para a parceria é a prevenção ao golpe SIM Swap. O ataque é ma técnica usada por hackers para obter o controle do número de telefone celular de suas vítimas. Depois de adquirir o número da vítima, eles usam sistemas de autenticação de dois fatores para acessar contas em redes sociais, bancos e corretoras de criptomoedas.
Esse tipo de golpe ganhou destaque em 2023 após atingir vítimas famosas. Uma delas foi o criador do blockchain Ethereum, Vitalik Buterin. Já no início deste ano, a SEC teve sua conta invadida no X, antigo Twitter, por meio da técnica, resultando em uma publicação falsa sobre a aprovação de ETFs de bitcoin.
A parceria entre a Telefónica e a Chainlink vai envolver a conexão de contratos inteligentes com dados da GSMA Open Gateway. A GSMA é uma organização que reúne mais de 1 mil empresas da área de telecomunicações e que busca facilitar a migração do setor para o mundo da Web3.
Um dos primeiros testes do projeto deverá ocorrer no Brasil, onde os dados da GSMA serão integrados à rede da Chainlink para "adicionar uma camada extra de segurança nas transações em blockchains". Ainda não foi informado quando os testes começarão.
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