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Stablecoins: criptomoedas vão impactar transações transfronteiriças (Getty Images/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 18h01.
A KPMG divulgou um relatório em que afirma que as stablecoins vão cortar os custos de operações de pagamento e transferências transfronteiriças em 99%. A consultoria avalia que as criptomoedas pareadas a outros ativos deverão causar mudanças profundas em um segmento ainda pouco modernizado.
No relatório, a KPMG destaca que o Swift é a rede usada pelos bancos há décadas para processar diferentes tipos de transferências internacionais. Capaz de processar até US$ 150 trilhões anualmente, a rede teve poucas atualizações expressivas, o que resulta em problemas de eficiência.
Segundo a consultoria, o processamento das transferências demora de dois a cinco dias, com múltiplos intermediários, e o custo médio por transação varia entre US$ 25 e US$ 35. Entretanto, as stablecoins têm as características necessárias para resolver todos esses problemas.
Como as stablecoins são criptomoedas pareadas a outros ativos, elas podem representar o dólar, o ouro ou outras moedas fiduciárias. Na prática, portanto, elas são capazes de atuar como uma infraestrutura de pagamentos e para transferências de dinheiro a nível internacional.
A projeção da KPMG é que esses ativos seriam capazes de reduzir o tempo de processamento dessas operações para "minutos ou até segundos", dependendo do ativo e rede blockchain usados. Já os custos de transação nesses casos poderiam cair para até 99%.
A avaliação da consultoria é que o uso das stablecoins também aumentaria a liquidez internacional e liberaria recursos hoje "travados" para viabilizar o funcionamento do Swift. Ou seja, novos recursos poderiam ser disponibilizados, com diferentes aplicações, incluindo investimentos.
Outras vantagens citadas pela consultoria incluem a capacidade de rastrear e verificar todas essas transferências, eliminando uma "opacidade" do sistema atual que dificulta a atuação de autoridades e a garantia de que as operações estão ocorrendo dentro das garantias legais.
A KPMG destacou que essas vantagens já estão sendo reconhecidas por grandes instituições financeiras, com bancos como o JPMorgan demonstrando interesse em utilizar essa classe de ativos. Com isso, a tendência é que as stablecoins substituam cada vez mais o Swift para esse tipo de operação.
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