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Stablecoins podem contribuir para queda de juros nos EUA, diz membro do Fed

Stephen Miran afirmou que criptomoedas pareadas a outros ativos podem valer até US$ 3 trilhões nos próximos anos

Fed: diretor defendeu necessidade de preparação para stablecoins (Designed by/Freepik)

Fed: diretor defendeu necessidade de preparação para stablecoins (Designed by/Freepik)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 16h05.

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Stephen Miran, indicado pelo presidente Donald Trump para fazer parte do conselho do Federal Reserve, afirmou na última sexta-feira, 7, que as stablecoins podem contribuir para uma queda na taxa de juros dos Estados Unidos. Ele defendeu a necessidade de dar mais atenção ao segmento.

Em um discurso no estado de Nova York, Miran destacou que as projeções atuais do Fed indicam que o segmento de stablecoins poderá valer entre US$ 1 trilhão e US$ 3 trilhões até o ano de 2030. Atualmente, o segmento vale pouco mais de US$ 300 bilhões, indicando uma valorização intensa.

"As stablecoins podem se tornar um elefante na sala multitrilionário para os bancos centrais", comentou o economista. Entretanto, ele disse que essas criptomoedas tendem a ter um impacto positivo para a política monetária dos Estados Unidos tanto no curto quanto no longo prazo.

A maior parte das stablecoins são pareadas ao dólar, e os emissores dessas criptomoedas precisam manter reservas que garantam que 1 unidade do ativo será equivalente a US$ 1. Em geral, um dos investimentos mais usados para isso são os títulos do Tesouro dos EUA.

"No total, nós temos pouco menos de US$ 7 trilhões em títulos do Tesouro atualmente. Se as projeções sobre stablecoins se concretizarem, a magnitude de demanda adicional pelas stablecoins será grande demais para ignorarmos", comentou o líder do Federal Reserve.

Ele destacou que não acredita que essas criptomoedas vão "roubar" fundos de depósitos bancários e que a tendência é que os mais prejudicados sejam economias emergentes e mais fragilizadas, em que a demanda de investidores por exposição ao dólar é elevada.

Como resultado, "se um excesso global de stablecoins for impulsionado por fluxos de saída de moedas estrangeiras para o dólar americano, isso, tudo o mais constante, fortalecerá o dólar". Miran pontuou que esse cenário pode inclusive afetar a taxa de juros do país.

"Dependendo da intensidade desse efeito em relação a outras forças que afetam os mandatos de estabilidade de preços e de pleno emprego do Federal Reserve, isso pode ser algo que exija uma reação da política monetária", afirmou. E a tendência seria uma contribuição para cortes de juros.

Miran defendeu ainda que as stablecoins podem "liderar" um movimento necessário de atualização da infraestrutura financeira dos Estados Unidos, "facilitando os investimentos no dólar e a realização de pagamentos domésticos e internacionais".

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