(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 9 de fevereiro de 2025 às 10h00.
O dinheiro está mudando. Mas, diferente de revoluções monetárias anteriores, essa transformação não está sendo conduzida por governos ou bancos tradicionais. Ela nasce de um mercado que encontrou na tecnologia uma alternativa mais eficiente, acessível e global.
As stablecoins, que começaram como uma ponte entre criptoativos e moedas fiduciárias, agora protagonizam uma nova fase do sistema financeiro. Em 2024, movimentaram US$ 27,6 trilhões, superando Visa e Mastercard em volume transacionado. Apesar de ser óbvio que muito desse volume está ligado ao trading e não a pagamentos, os use cases “não trading” só aumentam, consolidando o papel dessas moedas na economia real.
Empresas globais estão buscando eficiência em tesouraria através de soluções baseadas em stablecoins, otimizando pagamentos e gestão de liquidez com mais agilidade e menor custo. Além disso, vemos um crescimento significativo em pagamentos para creators, onde plataformas globais remuneram criadores de conteúdo de forma instantânea.
Outro exemplo é o uso por viajantes: brasileiros na Argentina já estão pagando com Pix, utilizando stablecoins sem nem perceber, aproveitando a infraestrutura que integra pagamentos locais com tecnologia blockchain.
O impacto das stablecoins está forçando players institucionais a se adaptarem. Bancos centrais correm para regular o mercado e entender como podem ter protagonismo ajudando a indústria a inovar. Alguns, como o Brasil, já possuem projetos avançados de CBDCs.
A regulação se tornou o grande divisor de águas. Enquanto os Estados Unidos indicam que podem priorizar stablecoins em detrimento das CBDCs, outros países ainda resistem à mudança. No Brasil e na América Latina, a regulamentação está se ajustando para permitir que empresas continuem inovando nos segmentos de pagamentos e câmbio, com total conformidade. Isso cria um ambiente favorável para a inovação, sem abrir mão da segurança.
O papel das stablecoins no futuro do sistema financeiro já é extremamente provável. O verdadeiro questionamento é: quais países vão estar na vanguarda dessa transformação, consequentemente liderando o novo sistema financeiro global? O mercado já demonstrou sua preferência.
Agora, cabe aos reguladores, bancos e fintechs decidirem se vão liderar essa nova fase ou resistir a ela. Mas, como a história nos mostra, o progresso raramente pede permissão.
*Matheus Moura é CEO da BRLA Digital.
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