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S&P: empresa rebaixou nota da Tether (Brendan McDermid/Reuters)
Editor do Future of Money
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 17h26.
A S&P anunciou nesta quarta-feira, 26, que rebaixou a nota de classificação da USDT, a maior stablecoin do mercado. Segundo a Standard & Poor's, a decisão foi motivada por "riscos" crescentes em torno das reservas usadas pela Tether para garantir a paridade da criptomoeda com a moeda norte-americana.
O rebaixamento resultou na pior nota possível que a S&P pode conceder a uma empresa. A Tether foi avaliada com a nota 5, equivalente a uma classificação de "fraqueza". Anteriormente, a nota da empresa era 4. A avaliação também citou "lacunas consistentes de transparência".
A classificação de stablecoins foi iniciada pela S&P em 2023, abrangendo apenas criptomoedas pareadas ao dólar. No caso da USDT, a principal preocupação da empresa é a crescente expansão de ativos considerados de alto risco nas reservas usadas pela Tether.
A avaliação da S&P é que, entre 2024 e 2025, a presença de ativos como o bitcoin, empréstimos, títulos de dívida corporativa, ouro e outros investimentos aumentou. Todos os ativos são classificados como de alto risco, o que fragilizaria a estabilidade das reservas na visão da S&P.
As reservas são um dos aspectos mais importantes de qualquer stablecoin, já que é o valor dos ativos que garante a paridade entre a criptomoeda e o dólar. Para a S&P, a expansão de ativos de risco na reserva traz instabilidades e abre margem para possíveis problemas de paridade.
Além disso, a empresa alega que a Tether "continua oferecendo informações limitadas" em relação aos custodiantes dos ativos da reserva, contrapartes e provedores de contas bancárias usadas pela companhia. A S&P reconheceu a estabilidade no preço da USDT, mas decidiu rebaixar a nota.
A Tether rebateu as afirmações da S&P e disse que "discorda fortemente da caracterização apresentada no relatório" da agência. A empresa destacou que "processou bilhões em redenções" da sua stablecoin para o dólar com "estabilidade ininterrupta".
A empresa disse ainda que a USDT já é uma "infraestrutura financeira sistematicamente importante" em países emergentes e que ela já é usada como uma forma de dinheiro, o que corroboraria a segurança em torno do ativo e não justificaria o rebaixamento pela S&P.
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