França concedeu primeira licença para uma empresa de cirp (SOPA Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 19 de julho de 2023 às 16h46.
O banco Société Générale, um dos maiores da Europa, obteve na última terça-feira, 18, a primeira autorização concedida pelas autoridades da França a uma instituição financeira para a oferta de serviços com criptomoedas no país. Com isso, o SG Forge, braço de cripto da instituição, ganhou respaldo para oferecer diferentes recursos para os seus clientes.
A autorização foi concedida pela Autoridade de Mercados Financeiros (Autorité des Marchés Financiers, em francês) e já está em vigor. Várias empresas de cripto possuem registro junto ao regulador, mas ele nunca havia concedido uma licença do tipo antes para essas companhias.
O Société Générale é o terceiro maior banco da França em valor de mercado. A etapa prévia à obtenção de licença, o registro junto ao órgão, é obrigatório para que as qualquer empresa ofereça serviços de custódia, conversão ou negociação de criptomoedas no país.
Já a licença é um passo posterior, concedido apenas quando a instituição requerente está cumprindo uma série de requerimentos "de conduto organizacional, financeira, de recursos e de negócios". Com isso, os serviços da instituição passam a ter mais credibilidade junto ao mercado.
A autorização envolve atividades de compra, venda, conversão e custódia de ativos digitais. O CEO da SG Forge, Jean-Marc Stenger, afirmou que a aprovação "confirma nosso papel pioneiro no ecossistema de criptomoedas". Um dos ativos mais beneficiados pela licença, afirma, deverá ser a stablecoin pareada ao euro EURCV, oferecida pelo banco.
Recentemente, as autoridades da França revelaram que a corretora de criptomoedas Binance, a maior do mundo, se tornou alvo de uma investigação por possíveis crimes envolvendo lavagem de dinheiro. As investigações teriam sido iniciadas em fevereiro do ano passado.
Autoridades do Ministério Público de Paris afirmaram que a investigação "refere-se, por um lado, a atos de exercício ilegal da função de prestador de serviços sobre ativos digitais (PSAN) e, por outro lado, a atos de lavagem de capitais agravados por participação em operações de investimento, ocultação e conversão, sendo estas realizadas por autores de delitos geradores de lucros".
No Twitter, a Binance afirmou que visitas de reguladores e inspetores "são parte das obrigações regulatórias a que todas as instituições financeiras precisam aderir". "Nós tivemos uma visita na semana passada. Como sempre, a Binance foi totalmente cooperativa e cumprimos nossas obrigações".
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