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Santander Brasil anuncia que disponibilizará negociação de criptomoedas para 40 milhões de clientes

O Santander Brasil revelou que tem planos de liberar, ainda este ano, as negociações de criptomoedas para sua base de 40 milhões de clientes

Bitcoin será uma das criptomoedas que poderão ser compradas nas plataformas do Santander (Santander/Divulgação)

Bitcoin será uma das criptomoedas que poderão ser compradas nas plataformas do Santander (Santander/Divulgação)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 29 de julho de 2022 às 10h44.

Seguindo o exemplo do Nubank, BTG Pactual e de outros bancos brasileiros o Santander Brasil revelou que tem planos de iniciar, ainda este ano, a liberação de negociações de Bitcoin e criptomoedas para sua base de clientes pessoa física e jurídica. Atualmente o banco conta mais de 40 milhões de clientes.

A revelação foi feita por Mario Leão, presidente do Santander Brasil, em entrevista a Folha de São Paulo. O executivo destacou que o mercado de criptoativos veio para ficar e que não há como ignorar este mercado.

(Mynt/Divulgação)

"A gente espera nos próximos poucos meses já ter definições a respeito disso, quem sabe na próxima divulgação [de resultados trimestrais], ou até antes. A gente reconhece que é um mercado que veio para ficar, e não é uma reação necessariamente a concorrentes se posicionando, é simplesmente uma visão de que o nosso cliente tem demanda por esse tipo de ativo, então a gente tem que encontrar a forma mais correta e mais educativa de fazê-lo.", disse.

Leão não revelou como será a exposição do Santander ao mercado de criptoativos, porém, de acordo com levantamento feito pelo Cointelegraph com executivos da instituição financeira, o banco deve trabalhar em uma parceria tal qual a realizada pelo Nubank com a Paxos.

Embora esta seja a primeira vez que o Banco anuncie o lançamento de produtos voltados exclusivamente ao mercado de compra e venda de criptoativos o Santander já vem estudando produtos relacionados a blockchain e criptoativos desde 2017. No ano passado o banco realizou uma prova de conceito com a Elliptic para detectar atividades suspeitas ligadas a criptomoedas.

No Brasil cada vez mais bancos tradicionais estão oferecendo serviços realacionados a criptomoedas e também negociação de Bitcoin e criptoativos. Recentemente o Itaú anunciou planos de oferecer compra e venda de cripto para seus clientes. O BTG Pactual lançou uma plataforma própria de criptomoedas, a Mynt.

Além disso o Nubank, que iniciou um serviço de negociação de criptomoeda há cerca de 3 semanas, já soma mais de 1 milhão de cliente comprando e vendendo criptoativos.

Concorrência acirrada

A entrada do Santander Brasil no mercado de negociação de criptomoedas no Brasil acirra ainda mais a concorrência entre diversas empresas de criptoativos no Brasil. Atualmente segundo dados do Cointrademonitor, o mercado nacional de criptomoedas conta com exchange como Mercado Bitcoin, Binance e outras 29 plataformas vendendo criptoativos diretamente para seus clientes.

Entretanto o portal não rastreia todas as empresas que oferecem compra e venda de Bitcoin para seus clientes já que estão fora dos dados do portal plataformas p2p como Paxful e a LocalBitcoin; carteiras e bancos digitais que oferecem compra e venda de criptomoedas como Bitfy e Z.ro. Também há diversos vendedores p2p que atuam em aplicativos de redes sociais como WhatsApp, Telegram e até no Mercado Livre.

Além disso, o mercado nacional de criptomoedas recentemente teve a chegada da Bitfinex através da parceria com a SmartPay. Fora todos estes player, o Brasil ainda conta com empresas como a Passfolio e com pelo menos três grandes empresas que vendem criptomoedas por meio de parcerias white label, como é o caso do Nubank, Mercado Pago e 99Pay que não tem suas negociações rastreadas pelo Contrademonitor.

Em breve o mercado de compra e venda de criptomoedas no Brasil também deve receber mais 3 grandes exchanges internacionais (Bybit, Coinbase e Bit2Me) que, segundo informações, aguardam aprovação da Lei das criptomoedas, atualmente na Câmara dos Deputados, para iniciar operações no país.

Atualmente, segundo dados do Cointrademonitor, o mercado de compra e venda de criptoativos no Brasil é dominado pela Binance que responde por mais de 48% das negociações de bitcoin no Brasil (o portal não rastreia as demais criptomoedas negociadas pelas empresas).

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