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Rumo aos US$ 60 mil? Bitcoin dispara 10% e ultrapassa US$ 56 mil; saiba se alta vai continuar

Maior criptomoeda do mercado voltou a subir nesta semana após um período de lateralidade, apoiada por demanda por ETFs nos EUA

ETfs de bitcoin estrearam nos EUA em janeiro (Reprodução/Reprodução)

ETfs de bitcoin estrearam nos EUA em janeiro (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 09h19.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 10h22.

O bitcoin disparou na noite da última segunda-feira, 26, valorizando mais de 11% nas últimas 24 horas e com um preço atual de US$ 56.670, segundo dados da plataforma CoinGecko. O valor é o maior atingido pelo ativo desde novembro de 2021, e a criptomoeda chegou a superar a casa dos US$ 57 mil antes de ter uma leve redução do ímpeto de alta.

A nova alta do ativo ocorre na esteira de um período de lateralidade, mas que foi rompido na segunda-feira. A disparada da maior criptomoeda do mercado também gera um sentimento positivo no setor, impulsionando outros ativos. O ether acumula ganhos de 6,5% nas últimas 24 horas, cotado a US$ US$ 3.254, enquanto a Solana sobe 10%, a US$ 111,06.

João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, avalia que a valorização do bitcoin está ligada ao bom desempenho dos ETFs do ativo nos Estados Unidos, que registraram na segunda-feira o maior volume diário negociado desde a estreia dos fundos, em 11 de janeiro, além de uma forte redução no volume de retiradas de investimentos no ETF da Grayscale.

"Parece que o principal fator por trás da recente alta são os ETFs de bitcoin, que tiveram um desempenho notável na segunda-feira. Os destaques incluem um volume de negociação que alcançou US$ 2,4 bilhões, estabelecendo um novo recorde para o maior volume em um único dia, superando até mesmo o dia de lançamento dos ETFs", explica Galhardo.

O analista pontua que "quanto aos fluxos de capital, enquanto o GBTC [ETF da Grayscale] registrou o menor valor de saída até o momento, outros ETFs atraíram investimentos significativos, resultando em um influxo de capital de US$ 519,81 milhões, o dobro do valor do último pregão".

Preço do bitcoin vai continuar subindo?

Galhardo avalia que "em relação aos rumos da criptomoeda, após uma alta tão acentuada é razoável esperar uma estabilização ou até mesmo uma retração corretiva, já que a pressão compradora pode atingir um ponto de saturação".

"Contudo, considerando o crescimento significativo no interesse de grandes instituições em negociar bitcoins através dos ETFs, é altamente provável que a tendência de alta persista. Inclusive, nos próximos meses, é possível que o bitcoin possa até mesmo retomar ou até superar seu recorde anterior de US$ 69 mil", afirma.

Manuel Villegas, analista de ativos digitais do Julius Baer, aponta que o halving do bitcoin, previsto para abril, deverá ter um papel crucial para determinar o futuro do preço do ativo. A importância do evento, ressalta, é uma desaceleração no crescimento da oferta da criptomoeda, em um cenário de expansão da demanda pelo ativo com os novos ETFs.

"O fortalecimento do caso de uso do bitcoin como reserva de valor tem sido a episteme da última alta. Em suma, vemos um cenário fundamental muito sólido para o bitcoin e acreditamos que os preços estão bem suportados em torno dos níveis atuais, com maior potencial de valorização", explica.

O analista comenta ainda que "as expectativas de uma política monetária mais favorável nos EUA deverão proporcionar ventos favoráveis, em particular se a liquidez em dólares dos EUA continuar a aumentar. Dito isto, este cenário fundamental é bem compreendido e o clima no mercado é, sem dúvida, otimista".

Já Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, avalia que os próximos alvos de preço do bitcoin nos próximos meses deverão ser de US$ 58.291, US$ 64.539 e US$ 74.646, reforçando o potencial de valorização do ativo.

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