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Roubos de criptomoedas caíram em 2023 e R$ 3 bilhões foram recuperados, aponta estudo

Valor total de criptoativos roubados por criminosos caiu mais de 25% na comparação entre 2023 e 2022

Roubos de criptomoedas diminuíram em 2023 na comparação com 2022 (Reprodução/Reprodução)

Roubos de criptomoedas diminuíram em 2023 na comparação com 2022 (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 14h00.

A empresa especializada em segurança de redes blockchain PeckShield publicou dados que reúnem os prejuízos decorrentes de ataques de hackers e golpes ao longo de 2023. De acordo com a empresa, US$ 2,61 bilhões (mais de R$ 10 bilhões, na cotação atual) em criptomoedas foram perdidas no ano passado, enquanto cerca 25% dos valores roubados foram recuperados.

A PeckShield observou no relatório publicado nesta segunda-feira, 29,  que o valor mostra uma redução de 27,78% nos roubos em comparação com 2022, quando o total de crimes cibernéticos ao redor do mundo envolvendo criptoativos totalizou cerca de US$ 3,6 bilhões.

A empresa também destacou que mais de US$ 674 milhões (mais de R$ 3,3 bilhões, na cotação atual) foram recuperados dos mais de 600 ataques de hackers em grande escala rastreados pela empresa, o que equivale a 25% das criptomoedas roubadas.

Em uma declaração ao Cointelegraph, a equipe da PeckShield disse que o valor recuperado aumentou significativamente em 2022, em que cerca de US$ 133 milhões em ativos foram recuperados. De acordo com a empresa de segurança, a recuperação de fundos resultou de negociações mais ativas com os hackers e do crescimento dos programas de recompensa.

"O envolvimento em negociações ativas com hackers pode levar à devolução de fundos roubados. [...] A implementação de programas de recompensa por vulnerabilidades ou a investigação em blockchains para identificar hackers e vulnerabilidades no sistema pode aumentar a segurança do ecossistema", explicou a companhia.

Ainda segundo a PeckShield, a colaboração com as corretoras centralizadas de criptomoedas, a Tether - emissora da stablecoin USDT - e as autoridades policiais para congelar fundos roubados assim que eles são detectados também contribuiu para a recuperação de criptomoedas.

Além do valor recuperado, a PeckShield destacou vários dados recolhidos ao longo do ano passado, incluindo empréstimos relâmpago, finanças descentralizadas (DeFi) e a diferença de volume entre hacks e golpes. Os dados mostram que, entre os ataques que ocorreram em 2023, 40% envolveram ações de empréstimos relâmpago.

Embora alguns argumentem que as melhorias na segurança do DeFi levaram a uma redução na quantidade de criptomoedas roubadas em 2023, a PeckShield destacou que os protocolos DeFi seguem sendo o alvo principal para hacks e golpes.

Em 4 de janeiro, o cofundador da CertiK, Ronghui Gu, disse ao Cointelegraph que 2023 foi um "ano positivo" para a segurança das redes blockchain. O executivo destacou o crescimento de plataformas de recompensas e medidas de segurança proativas como um bom sinal.

Apesar disso, a PeckShield destacou que 67% das perdas registradas em 2023 ocorreram em protocolos DeFi, enquanto 33% tiveram como alvo as finanças centralizadas. O relatório aponta ainda que 58% das perdas foram causadas por ataques de hackers e 42% por golpes.

Os agentes mal-intencionados também têm diversificado as criptomoedas roubadas. De 2018 a 2021, o bitcoin dominou o volume de negociação de transações ilícitas. No entanto, em 2022 e 2023 as coisas mudaram: as stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos, como o dólar - começaram a ocupar uma fatia maior do volume de transações ilícitas.

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