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Robinhood: empresa vai ser investigada nos EUA (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 11 de julho de 2025 às 16h52.
Última atualização em 11 de julho de 2025 às 17h55.
A Robinhood vai ser alvo de uma investigação na Flórida. A plataforma de investimentos entrou no radar das autoridades dos Estados Unidos após se divulgar como a "forma mais barata" de investir no mundo das criptomoedas, gerando contestações.
O procurador-geral da Flórida, James Uthmeier, decidiu abrir uma investigação contra a plataforma e disse que seu escritório já reuniu evidências que apontam que os investidores gastam mais, e não menos, quando tentam investir em cripto por meio da Robinhood.
"As criptomoedas são um componente vital para o futuro financeiro da Flórida, e os esforços do presidente Trump para impulsionar o mercado de criptomoedas tornarão os Estados Unidos mais fortes e ricos. Quando os consumidores compram e vendem criptoativos, eles merecem transparência em suas transações”, afirmou Uthmeier.
Ele pontuou ainda que “a Robinhood há muito tempo afirma ser o melhor negócio para investir em cripto, mas acreditamos que essas declarações são enganosas". A abertura da investigação afirma que o modelo de negócios da plataforma gera custos adicionais para os investidores que ficam mascarados pela falta de taxas de transações.
O modelo da Robinhood já rendeu críticas no mercado de ações, já que a plataforma segue a mesma lógica para oferecer investimentos nesses ativos. Em 2020, a empresa chegou a pagar uma multa de US$ 65 milhões para evitar uma abertura de processo pela SEC exatamente devido à prática.
Conhecido como PFOF, a estratégia usada pela plataforma já foi proibida no Reino Unido e deverá se tornar ilegal na União Europeia a partir de 2026. Apesar da nova investigação, a Robinhood negou qualquer irregularidade e disse que suas práticas são "as melhores do setor".
Uthmeier já solicitou documentos da Robinhood específicos sobre a precificação de transações e ativos na plataforma e sobre análises dos preços de criptomoedas como forma de averiguar possíveis valores maiores na plataforma do que em outros ambientes de negociação.
A investigação também foi aberta ao mesmo tempo que a empresa enfrenta críticas de empresas como a OpenAI e SpaceX depois de lançar "ações" tokenizadas dessas companhias. As empresas ressaltaram que não têm capital aberto e que os ativos não são, exatamente, ações.
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