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Regulação de stablecoins nos EUA cria 'guerra' entre bancos e empresas de cripto

Bancos tradicionais dos EUA e emissoras de stablecoins estão divergindo sobre medidas em projeto de lei

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 18 de abril de 2025 às 15h00.

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O avanço de um projeto de lei dos Estados Unidos que busca regular o segmento de stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos, em geral ao dólar - gerou uma "guerra" envolvendo bancos, empresas de cripto e outros interessados no projeto. Com isso, políticos precisarão lidar com visões divergentes sobre o texto.

De acordo com o site The Block, as três empresas mais atuantes no momento são a Tether, emissora da USDT, a Circle, emissora da USDC, e o Bank of America. No início do ano, Brian Moynihan, CEO do Bank of America, afirmou que o banco estava avaliando lançar uma stablecoin própria.

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Desde então, a instituição intensificou seus esforços para influenciar o projeto de lei em análise. O objetivo é criar regras que aumentem a atuação dos bancos no segmento, além de facilitar a emissão dessas criptomoedas. Por outro lado, há um esforço para enfraquecer possíveis concorrentes.

O Bank of Americana quer limitar a capacidade de empresas privadas, como a Amazon e a Meta, de emitir possíveis stablecoins pareadas ao dólar. Com isso, seria possível concentrar a atuação nesse segmento a empresas do mercado financeiro, favorecendo esse grupo.

A Fidelity Investments, o Goldman Sachs e o BNY também compartilham uma visão semelhante. Hoje, o projeto em análise permite que empresas não-financeiras emitam stablecoins, nos mesmos moldes de empresas de tecnologia que já contam com o ativo, caso da Tether e da Circle.

Já entre a Tether e a Circle, a briga envolve as exigências na lei em torno das reservas que garantem a paridade entre uma stablecoin e o dólar. A Circle tem defendido regras rígidas que, na prática, obrigariam a Tether a mudar o sistema de reserva da USDT ou retirar o ativo de circulação nos EUA.

No momento, a Tether tem intensificado esforços para tentar atender aos possíveis requisitos da lei. Entretanto, o CEO da empresa, Paolo Ardoino, não descarta a possibilidade de retirar a USDT do mercado norte-americano e criar uma stableocin específica para o país.

Atualmente, a USDT é stablecoin mais valiosa e mais usada no mercado. Já a USDC está em segundo lugar. Nesse cenário, a construção de uma legislação favorável ao modelo da Circle pode ajudar a empresa a ganhar mais território, usuários e investimentos no segmento.

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